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Setor espera melhora nas exportações de carne em 2010

A previsão de que o mercado internacional de carne elevará os índices da balança comercial brasileira neste ano vem se confirmando diante dos últimos resultados. Roberto Gianetti da Fonseca, da Abiec, mantém a expectativa de faturar 20% a mais até dezembro próximo.

A previsão de que o mercado internacional de carne elevará os índices da balança comercial brasileira neste ano vem se confirmando diante dos últimos resultados registrados pelo setor pecuário. A avaliação é da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). “Com o aumento mundial no consumo de alimentos, principalmente por proteínas animais, um dos desafios ao agronegócio mato-grossense fica por conta da pecuária que têm buscado constantemente alternativas de ganho em produtividade por meio de novas tecnologias sem abertura de novas áreas”, disse o diretor-tesoureiro Eduardo Alves Ferreira.

“O mercado interno depende da oferta de bois ao frigorifico, e do consumo da população, geralmente regulado pelos preços praticados no varejo. Já o mercado internacional, pode gerar uma saída de grande volume de carne e ocasionar maior equilíbrio ao mercado, levando a um aumento de preços no varejo, e em consequência também no preço pago ao produtor”, disse Guto Zanata, do Departamento Técnico da Famato.

Os embarques de carnes bovina, de frango e de suínos totalizaram quase US$ 1,5 bilhão, bem acima da fatura de 2009. A primeira obteve US$ 506 milhões, 42% a mais do que no ano passado. A de frango, à frente, rendeu US$ 737 milhões, 20% acima de 2009; e a de suínos, US$ 157 milhões, bem superior aos US$ 65 milhões de 2009.

Outra boa notícia a espalhar otimismo nos dois primeiros meses deste ano veio da África do Sul, considerado um país emergente e detentor de um mercado promissor, que liberou a compra de carne bovina desossada e maturada de zonas livres de febre aftosa do Brasil.

A África do Sul não comprava carne bovina há quatro anos. O país, que é a sede da Copa do Mundo deste ano, deixou, no entanto, a carne de porco na fila, o que fez surgir reclamações de Pedro de Camargo Neto. Ele acha que o governo brasileiro precisa ser mais incisivo, pois o embargo já dura cinco anos. “A carne suína foi vitima da bovina, quando do ressurgimento da aftosa no país em 2005, o que levou a África do Sul a paralisar as compras”.

Pedro de Camargo Neto se declara satisfeito com os resultados de janeiro e fevereiro na comercialização internacional de carne suína. Ele ressalva que, no início do ano passado, havia o forte reflexo da crise econômica. “Mas é possível dizer que 2010 começa com perspectivas melhores. O mercado interno continua firme, e a Rússia aumentou a demanda”. Ponto para o setor também foi a desvalorização do câmbio. Até meados de fevereiro o real havia depreciado 6%.

Roberto Gianetti da Fonseca, da Abiec, que representa os exportadores de carne bovina, mantém a expectativa de faturar 20% a mais até dezembro próximo.

As informações são da Famato e do Globo Rural, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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