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Setor de carnes vai gerar US $ 290 milhões a menos no Uruguai

O setor de carnes uruguaio fechará o ano com um faturamento próximo a US $ 1,9 bilhão, valor que representa uma queda de US $ 290 milhões em relação a 2019, segundo projeção do Instituto Nacional de Carnes (INAC).

Os números foram divulgados ontem pelo Gestor de Informação do INAC, Jorge Acosta, no âmbito de uma conferência de imprensa com o Presidente Fernando Mattos e outros técnicos do Instituto.

Com um abate de gado da ordem de 2 milhões de cabeças, 2020 será um ano de menos atividade do que 2019 (-10%) devido a uma redução significativa nos primeiros seis meses (-21,3%) mas com recuperação nos segundo semestre (+ 3%), informou o INAC.

Acosta explicou que essa queda não foi homogênea. O maior declínio foi registrado em novilhos com 6 e 8 dentes (-22% e -27%) e vacas (-16%), enquanto os novilhos jovens aumentaram e as novilhas diminuíram abaixo da média.

A redução da atividade entre as empresas industriais também não foi homogênea. Observou-se menor redução da atividade nas maiores empresas e registou-se atividade em apenas 30 estabelecimentos. Até 2021, o INAC prevê o abate de 2,2 milhões de bovinos.

Acosta explicou que há mudanças na estrutura das categorias que compõem a industrialização da pecuária em nível de frigoríficos. O Uruguai está abatendo animais mais jovens, mas também há mudanças no nível do mercado. Tanto novilhos como novilhas encerrarão o ano representando 14% do abate total de bovinos.

“O abate de novilhas continua em níveis muito elevados”, reafirmou o gerente de informações do INAC.

Observa-se redução do faturamento da China (-31%) e aumento do Nafta (+ 40%) como eventos mais relevantes.

Consumo

Entretanto, ao nível do mercado interno, será o reflexo do menor consumo de proteínas que se arrasta desde o ano passado. Globalmente, a partir do INAC projeta-se uma redução global de 3% na ingestão de proteínas.

Na carne bovina, projeta-se uma queda de 9% no consumo, em função da queda de cerca de 15% nos volumes nacionais e do aumento das carnes importadas.

A carne de aves será a única a apresentar um consumo crescente (14%) no final de 2020, a par da recuperação da produção nacional e das importações que passarão a representar 4,4%.

No acumulado até novembro, o preço do produto carne de aves apresentou queda de 0,34% no preço. Por sua vez, o consumo de carne suína cairia -7,2% e carne ovina -24,1%.

A renda média é mantida. A Receita Média de Exportação (IME) encerraria o ano em torno de US $ 3.780 a tonelada de carne bovina, segundo projeção do Instituto Nacional de Carnes (INAC). É um ano de melhor demanda nos principais mercados e com maior incerteza gerada pela Covid-19 no mundo. “Não é um ano recorde, mas os números puderam ser mantidos”, disse o gerente de informações do INAC.

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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