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Sem grandes mudanças no complexo pecuário argentino até 2023

O rebanho de gado argentino, o abate, a produção de carne, o consumo e os volumes de exportação devem permanecer praticamente inalterados em 2023, de acordo com as projeções do escritório do USDA em Buenos Aires.

Espera-se que a China continue como o principal destino de exportação, respondendo por mais de 70% das exportações projetadas de 770.000 toneladas equivalentes de peso-carcaça (CWE). Apesar da forte demanda global por carne bovina e dos bons preços, espera-se que as restrições de exportação impostas pelo atual governo impeçam a Argentina de enviar volumes maiores. Essas restrições estão programadas para durar até o final de 2023, embora existam algumas negociações entre o governo e a indústria para aliviar algumas restrições de exportação, diz o escritório do USDA.

Os altos preços mundiais da carne bovina em 2022 colocaram a Argentina no caminho certo para atingir exportações recordes em termos de valor, mas não em termos de volume. As exportações argentinas de carne bovina em 2023 estão previstas em 770.000 toneladas CWE, inalteradas em relação ao ano anterior, como resultado da produção e consumo doméstico também estáveis.

Os exportadores dizem que as políticas governamentais destinadas a garantir um mercado interno bem abastecido impedirão o aumento das exportações. No entanto, há alguma discussão de que a política atual poderia ter alguma flexibilidade para aumentar as exportações. A política atual, que deve durar até o final de 2023, limita as exportações a uma cota geral mensal de 29.000-30.000 toneladas (peso do produto). As exportações sob a Cota Hilton e a Cota de Carne de Alta Qualidade (481) para a UE, a cota anual para os EUA e uma pequena cota para a Colômbia não são restritas nem são contabilizadas na cota geral. As exportações de carne de vacas de baixa qualidade podem ser exportadas livremente, especialmente para a China, pois não há forte demanda doméstica. Por sua vez, as exportações de sete cortes populares de carne bovina são proibidas e devem ser comercializadas no país.

Em reconhecimento à queda dos preços locais da carne bovina e à necessidade do país de gerar mais divisas por meio das exportações, o governo e o setor frigorífico estão atualmente em negociações para aumentar a cota mensal geral em 10%. Por sua vez, continua em vigor um imposto de 9% sobre as exportações de carne bovina.

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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