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Segunda sem Carne? Governo de SP apoia o movimento e Carlos Viacava e Fernando Sampaio (ABIEC) defendem seu consumo

Acreditamos que este movimento reforça mais uma vez a necessidade do setor pecuário trabalhar a imagem da carne bovina para os consumidores. Além de defender seu consumo, mostrar seus valores saudáveis e quais os reais impactos da atividade ao meio ambiente.

Nesta quarta-feira (20), Carlos Viacava comentou em sua página do Facebook sobre o apoio do secretário do Meio Ambiente de São Paulo, Bruno Covas, ao movimento Segunda sem Carne. Veja:

Segunda-feira é dia churrasco!!

Terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo também.

Atenção,

O governo do Estado de SP, através do secretario de meio ambiente, Bruno Covas, abraçou oficialmente a campanha contra o consumo de carne. Segunda Feira sem Carne. é um verdadeiro absurdo contra a saúde e a pecuária. Vamos protestar.

Fernando Sampaio (ABIEC) também nos enviou sua mensagem direcionada ao secretário:

Pois é, lá está o secretário de Meio Ambiente de São Paulo abraçando a causa da segunda feira sem carne.

Porque?

Segundo os vegetarianos que fizeram o secretário abraçar a causa, um dia da semana sem carne pode reduzir em até 5% a Pegada Ecológica relacionada a alimentos do paulistano médio…

É mesmo?

O Secretário estudou bem para ver como é feita essa contabilidade ecológica dos vegetarianos?

Sabe quanto de carbono é sequestrado nas pastagens? Sabe que o índice que diz que o metano é 23 vezes mais potente que o CO2 está errado? Sabe que 15% do biodiesel brasileiro vem de sebo de boi?

Convenceram-no de que a carne polui mais do que os transportes? Então, até a FAO se desculpou por ter afirmado isso.

O Secretário também sabe o quanto de receita para o Estado gera o sistema agroindustrial da carne? Quantos empregos? Contando fazendas, frigoríficos, insumos, subprodutos, açougues, supermercados, transportes, o porto de Santos?

Olhe pela janela secretário.

Sinta o ar puro, e admire os rios límpidos e cristalinos da nossa bela capital.

Você acha mesmo que seu problema é a carne?

Vegetarianismo é coisa de gente elitista, Secretário, ou o senhor conhece algum vegetariano pobre?

Você sofre do mesmo mal que grande parte de nossos políticos atuais, querem agradar a todos, falar muito e dizer nada.

Vá trabalhar Secretário.

Acreditamos que este movimento reforça mais uma vez a necessidade do setor pecuário trabalhar a imagem da carne bovina para os consumidores. Além de defender seu consumo, mostrar seus valores saudáveis e quais os reais impactos da atividade ao meio ambiente.

3 Comments

  1. carlos viacava disse:

    Claro que essa adesão da secretaria do meio ambiente não tem respaldo técnico. É pura política.
    Fora o aspecto da saúde pública. Crianças, gestantes e adultos precisam do ferro e vitaminas da carne vermelha.
    É uma vergonha para o governo do Estado de SP a adesão a essa campanha dos vegetarianos.
    Espero que nosso governador desaprove.

  2. Liodeir Rodrigues Carvalho disse:

    A pessoa do Secretário pode ter suas preferências alimentícias. O Secretário é uma autoridade, representa a totalidade, não uma parte dela. Não deveria comprometer sua autoridade em defesa de grupo.

  3. Rodrigo Paniago disse:

    Eu realmente custo acreditar que a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo tenha feito qualquer estudo prévio antes de aderir à campanha citada. Quanto menos ter consultado antecipadamente seus colegas da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, que possui diversos de seus pesquisadores atuando na Rede Pecus, maior força tarefa de pesquisadores brasileiros, com participação de estrangeiros, a estudar o impacto da pecuária brasileira no meio ambiente, com relação à dinâmica dos gases de efeito estufa no processo de produção.

    O Brasil ainda não tem dados seguros de qual é o verdadeiro impacto da pecuária sobre o efeito estufa, por isso o esforço da Rede Pecus em desvendar tais dúvidas. Só há dados científicos na literatura para regiões de clima temperado e para sistemas de produção que não são similares aos praticados em nosso país. O que há disponível são estimativas, com base em dados de fora do país, para calcular a emissão de gases do efeito estufa pela pecuária brasileira. Vale lembrar que todas estas estimativas relatam apenas a emissão total, deixando levianamente de lado o fato que no processo há sequestro de carbono pelas plantas. Há inúmeras pesquisas no país comprovando que pastagens bem manejadas aumentam a concentração de carbono no solo.

    Caso a Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo tenha gerado algum estudo técnico antes de apoiar tal campanha, não pôde emitir um parecer conclusivo, justamente pelo que foi exposto acima. Portanto, sua participação oficial “Segunda Sem Carne” é um ato totalmente irresponsável do ponto de vista técnico. O que nos faz concluir que tal ação não se deu por preocupações ambientais e sim política.

    Rodrigo Paniago
    Associação dos Profissionais de Pecuária Sustentável – APPS

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