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Segunda onda de covid-19 nos EUA gera apreensão

O recrudescimento da covid-19 nos Estados Unidos pode voltar a afetar as operações dos frigoríficos americanos, afirmou ontem o CEO da JBS USA, André Nogueira. 

Em teleconferência com analistas, o executivo disse que no Colorado, onde a JBS está sediada e possui uma das principais unidades, a situação é “muito preocupante”. O Estado americano bateu recorde de casos de covid-19 na última quarta-feira, lembrou ele. 

Apesar disso, a avaliação de executivos da indústria americana é que o impacto da segunda onda de coronavírus será menos avassalador para o setor. Para a National Beef, controlada pela brasileira Marfrig, a experiência da primeira onda trouxe ensinamentos. “Dessa vez estamos muito mais preparados”, disse Tim Klein, que comanda a empresa, em entrevista ao Valor. 

Em março, um dos abatedouros da National Beef, que é a quarta maior produtora de carne bovina dos Estados Unidos, parou por algumas semanas em meio à disseminação de casos entre funcionários. Segundo Klein, a primeira onda de disseminação da covid-19 apresentou dificuldades que parecem sanadas, como a escassez de equipamentos de proteção individual. “Tenho certeza que a segunda onda não afetará nossas operações”, enfatizou o executivo. 

Na JBS, que divide com Tyson Foods e Cargill a liderança da produção americana de carne bovina, as avaliações são semelhantes. Segundo Nogueira, a companhia tomou diversas medidas para proteger a saúde dos funcionários e preservar a produção de carnes. Diante disso, ele não acredita que a segunda onda terá o mesmo impacto da primeira, que provocou a paralisação temporária de dezenas de frigoríficos nos EUA. Nogueira reconheceu, porém, que as operações da JBS poderão ser afetadas novamente pela doença, até porque a companhia não está isolada das comunidades de suas plantas. 

No segundo trimestre, o abatedouro da JBS em Greeley, no Estado do Colorado, foi um dos que fecharam temporariamente. Unidades de processamento de suínos também foram afetadas pela covid-19. 

O impacto da segunda onda é acompanhado de perto pelos frigoríficos dada a magnitude do que ocorreu entre março e abril. Naquele período, a covid-19 causou uma disrupção na oferta de carnes nos EUA. Com unidades fechadas, milhares de animais, como suínos, tiveram de ser sacrificados e a produção diminuiu drasticamente. Como resultado, os preços dispararam. A situação só foi normalizada ao longo do terceiro trimestre

Fonte: Valor Econômico.

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