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Seca quebra safra de soja em 34% na Argentina

A maior seca em 50 anos, que esteve presente nos campos argentinos durante cinco meses – até que, há 15 dias, as chuvas voltaram de forma generalizada – afetou mais de 80% da área agrícola do país, diz reportagem publicado hoje no jornal “La Nación”.

Por conta da seca, a produção de soja, o principal cultivo do país, irá ter uma queda de quase 20 milhões de toneladas (34%) em relação à safra passada. De uma safra de 57,5 milhões de toneladas, agora serão colhidas, segundo a última estimativa da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 38 milhões de toneladas. No caso do milho, de uma safra de 39 milhões de toneladas estimada inicialmente, agora estão sendo aguardadas 32 milhões de toneladas, 18% menos que em 2016/17.

No ano passado, a safra total da Argentina foi de 130,2 milhões de toneladas. Deste volume, foram exportadas 90,7 milhões de toneladas, informa o jornal. Para este ano, a produção deve ficar em 103 milhões de toneladas, segundo a consultoria Agritrend, das quais devem ser exportadas 74 milhões de toneladas, causando uma perda de cerca de US$ 3,5 bilhões.

O impacto também pode ser visto em outros setores. Segundo um boletim da Escola de Economia e Negócios da Universidade Nacional de San Martín, por cada 1 milhão de toneladas a menos produzido serão perdidos 34 mil fretes em caminhão.

Neste contexto, segundo dados do Ministério da Agroindústria da Argentina, Corrientes, Santa Fe e Santiago del Estero já emitiram um decreto provincial que declara a emergência em seus territórios. Entre Ríos emitiu uma declaração que já foi homologada pelo governo nacional.

No caso de Buenos Aires, a comissão de emergência da província declarou a emergência para 27 municípios, que envolvem 3,5 milhões de hectares, aguardando a assinatura da governadora, María Eugenia Vidal. Córdoba e La Pampa também devem realizar suas declarações.
A declaração de emergência, segundo a agroindústria, oferece benefícios aos produtores dessas regiões no que tange a pagamentos de impostos e outras obrigações.

Fonte: Valor Econômico.

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