Mesmo com aval do Cade, compra de ativos da JBS pela Minerva depende da Justiça
11 de julho de 2017
Mercado físico do boi gordo –10-07-2017
11 de julho de 2017

Seca chega a Mato Grosso trazendo consigo mais uma preocupação aos pecuaristas

Chegou: Apesar de ter demorado um poucos mais este ano, a seca chegou em Mato Grosso, trazendo consigo mais uma preocupação aos pecuaristas do Estado. Cabe ressaltar que o volume de chuvas no primeiro semestre de 2017, foi um dos maiores da história para este período do ano. Apesar de ser esperada, a junção disso com os outros problemas já vivenciados, coloca os pecuaristas que estão precisando vender bovinos (devido às condições das pastagens) e optaram pela comercialização apenas no mercado físico em uma situação delicada, com o poder de barganha sensivelmente reduzido. Alternativas como a suplementação dos bovinos (mais barata este ano) podem trazer algum alívio ao caixa dos pecuaristas ainda este ano, no entanto, o preço de venda do boi gordo está desestimulando tal investimento. Dito isto, o momento para o produtor é de reflexão e planejamento para o futuro, visando atitudes que possam garantir maior rentabilidade e perpetuação na atividade.

– Já são dois meses consecutivos com o preço da arroba do boi gordo e da vaca gorda registrando recuos, finalizando nesta semana a R$ 116,60 e R$ 111,25, respectivamente.
– O preço do bezerro de ano, que na semana passada havia recuado, voltou a subir nesta semana, ficando cotado a R$ 1.083,43/cab.
– Em decorrência da forte desvalorização da arroba do boi gordo em Mato Grosso, a relação de troca boi/bezerro recuou 1,90% nesta semana, atingindo a marca de 1,83 cab/cab.
– Com a desvalorização do boi gordo em São Paulo maior que a de Mato Grosso, o diferencial de base SP-MT registrou alta de 0,11 p.p., partindo de -9,06% para -8,95%.

PLANEJAR: Em meio às dificuldades que a bovinocultura de corte tem passado, planejar virou item imprescindível para gerir uma fazenda. Isso fica ilustrado no gráfico ao lado, pois, com as relações de troca diminuindo, traçar um plano de reposição de animais pode definir a rentabilidade da fazenda para os próximos meses. Dito isto, o engordador a pasto tem a opção de adquirir um boi magro e entregá-lo ao abate em menos tempo, fazendo seu caixa girar mais rápido com uma margem menor ou então fazer um planejamento de médio prazo, comprando um bezerro e entregando-o às linhas de abate em torno de 18 meses depois. Nesse sentido, na hora de escolher há de se levar também em consideração o cenário econômico atual, visto que, apesar de ser mais longínqua, a escolha por engordar um bezerro pode ser a alternativa que mais se ajuste às necessidades do engordador que busca mitigar os riscos atuais de mercado da atividade.

Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.

Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress