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SEAE aprova fusão entre JBS e Bertin, mas recomenda venda de plantas em GO e MG

Na última sexta-feira a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda ("SEAE/MF") emitiu uma nota a respeito do Ato de Concentração nº 08012.008074/2009-11, que trata da associação entre JBS e Bertin S.A. "A Seae identificou a possibilidade de exercício unilateral de poder de mercado em decorrência das sobreposições geradas. Nos dois Estados o exercício de poder de mercado foi considerado provável, uma vez que as eventuais entradas de novos concorrentes não parecem ser suficientes e que a operação prejudicou as condições de rivalidade preexistentes", afirmou o parecer.

Na última sexta-feira a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (“SEAE/MF”) emitiu uma nota a respeito do Ato de Concentração nº 08012.008074/2009-11, que trata da associação entre JBS e Bertin S.A.

“A Seae identificou a possibilidade de exercício unilateral de poder de mercado em decorrência das sobreposições geradas. Nos dois Estados o exercício de poder de mercado foi considerado provável, uma vez que as eventuais entradas de novos concorrentes não parecem ser suficientes e que a operação prejudicou as condições de rivalidade preexistentes”, afirmouo parecer da Seae.

A fusão com o Bertin, anunciada pela JBS em setembro de 2009 junto com a compra da processadora de frangos americana Pilgrim´s Pride, contribuiu para tornar a empresa a maior processadora de proteína animal do mundo.

A referida nota sugere a aprovação da operação condicionada à alienação de uma planta frigorífica nos estados de Goiás e Minas Gerais equivalente à participação de mercado da Bertin nesses estados anteriormente à operação.

“A nota da SEAE/MF é opinativa e não tem caráter vinculativo, sendo certo que as conclusões da nota não devem ser interpretadas necessariamente como indicação de decisão final pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (“CADE”), órgão ao qual cabe a decisão final a respeito de aspectos concorrenciais da referida operação. A JBS acredita que a referida fusão não fere a concorrência nos estados mencionados e continuará cooperando ativamente com as autoridades competentes para que a associação seja aprovada de forma integral”, finalizou o comunicado.

“Vamos providenciar novos dados e prestar todos os esclarecimentos necessários para entregar ao Cade, para eliminar qualquer preocupação da Seae”, disse Jeremiah O´Callaghan, diretor de relações com investidores da JBS.

O parecer da Seae considera “que as sobreposições geradas pela fusão podem favorecer o exercício unilateral de poder de mercado pelas requerentes”, nas regiões mineira e goiana. O diretor da JBS afirma, no entanto, que nos últimos seis meses os preços da arroba do boi subiram cerca de 25%, mesmo no período da safra na pecuária de corte. Isso significa, segundo ele, que o menor número de compradores em Goiás e Minas não teria pressionado as cotações.

As informações são da JBS S.A., da Folha de S.Paulo e do Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    A comparação legítima para saber se há impacto ou não seria comparar o aumento de preços verificado nestas praças pós fusão  versus o aumento médio no Brasil. Algo simples de ser feito.

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