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Se quiser atender demanda, Brasil terá que criar mais bois confinados

Bois em fazenda de confinamento de gado bovino Vera Cruz Agropecuária, na cidade de Goianésia, Goiás. Imagem produzida para a matéria sobre fazendas de confinamento de gado bovino. Goianésia - Brasil - 12/06/2008. Foto: Ernesto de Souza / Editora Globo.

O volume de animais confinados cresceu 5,5%, segundo a Associação Nacional da Pecuária Intensiva – Assocon. Inicialmente, a expectativa era de 25%.

“O principal problema foi no mercado do boi gordo, que desvalorizou no primeiro semestre por conta de notícias relacionadas à Operação Carne Fraca, à instabilidade do mercado e pelo fraco consumo interno, impactando a demanda. Isso fez o pecuarista colocar o pé no freio”, explica o gerente executivo da Assocon, Bruno Andrade.

De acordo com o levantamento da entidade, realizado com seus associados em 1,4 mil unidades de confinamento nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia e Tocantins, o volume de bovinos confinados em 2017 atingiu 3,4 milhões de animais. No ano anterior, eram 3,2 milhões. Estima-se que o total nacional, incluindo dados de não associados, seja entre 4,5 e 5 milhões de animais confinados.

Bruno Andrade explica que, diferente de 2016, quando os custos de produção estavam elevados, 2017 apresentou melhores condições para a engorda animal.

Para o ano novo, a Assocon estima crescimento próximo a 12% no confinamento. “Esperamos a recuperação da economia e do consumo interno, além de maiores exportações. Quanto ao custo de produção, esperamos apenas um crescimento normal de preços”, diz Andrade.

A entidade destaca ainda o desafio de ser mais produtivo sem grande avanço no volume de pasto, uma vez que os produtores rurais também utilizam a agricultura e ao alto custo de novas terras, implicando na intensificação do confinamento.

“A produção de carne bovina no Brasil precisa crescer pelo menos 13% para suprir o aumento de 7% da demanda interna e 31% nas exportações até 2026. O nosso rebanho já está em processo de desaceleração do seu crescimento, e isso é um desafio. Significa que, cada vez mais, temos de aprender a produzir mais em menos área”, destaca Alberto Pessina, presidente do Conselho de Administração da Assocon.

 

Após queda em 2016, confinamento tem retomada de crescimento:

Fonte: Gazeta do Povo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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