Contratado há um semestre com a missão de redesenhar a estratégia do Santander para o agronegócio, o executivo Carlos Aguiar trabalha nos ajustes finos para que o banco ganhe mais relevância no setor a partir da safra 2016/17, que terá início em julho. Ele destacou o papel das agências localizadas em regiões agrícolas – 2,5 mil agências que o banco tem no país, 500 são “vocacionadas” ao agronegócio.
Em linhas gerais, a nova estratégia do Santander para o agronegócio já está pronta e foi aprovada pelo conselho do banco. O agronegócio será tratado em duas vertentes: varejo e atacado. No varejo, estão sobretudo produtores rurais, com faturamento anual até R$ 200 milhões. No atacado, as grandes empresas, incluindo desde companhias de fertilizantes e agrotóxicos até grupos de proteína animal. Considerando as duas vertentes, a carteira do agronegócio do Santander fechou 2015 em R$ 44 bilhões – a carteira total somou R$ 330,9 bilhões. Na primeira vertente, o Santander terá três subdivisões, a depender do porte do produtor.
Mas o Santander não quer se restringir ao produtor rural. Ao considerar o “atacado” na estratégia, o banco vislumbra impulsionar a captação de recursos com as Letras Financeiras do Agronegócio (LCA). A ideia do banco é financiar o capital de giro entre empresas e produtores da cadeia por meio de títulos de agronegócio, que possuem mais garantias – como o estoque – e podem inclusive reduzir os custos.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.