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Salles e Tereza Cristina buscam setor produtivo para fortalecer imagem do Brasil no exterior

Os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Agricultura, Tereza Cristina, se reuniram com diversos representantes de setores produtivos nesta quinta-feira para discutir como fortalecer a imagem do país no exterior e qual será a posição brasileira apresentada na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), que será realizada em novembro, em Glasgow, na Escócia. 

Salles pediu o engajamento das entidades. “Ele está começando a criar apoio para não ficar sozinho”, disse um assessor ministerial que estava na reunião. No Twitter, Tereza Cristina defendeu a imagem do agronegócio brasileiro ao compartilhar imagens do encontro. “O Brasil é uma potência agroambiental. Produzimos com responsabilidade, inovação e sustentabilidade. Queremos mostrar o nosso verdadeiro agro ao mundo”, escreveu. 

Em novembro do ano passado, o vice-presidente da República e coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, disse que quer criar uma força-tarefa do Brasil para o próximo fórum climático. Ele afirmou, na ocasião, que a participação brasileira não pode ser de “ministros isolados”, como se deu até 2019. 

A discussão desta quinta-feira foi sobre a posição brasileira na COP 26, mas não sobre as “tecnicalidades do acordo”, disse uma pessoa que esteve no encontro. “A discussão foi sobre a necessidade do Brasil, por meio de muitos interlocutores, deixar claro que está descontente com o modelo de negociação”, disse outro participante. 

Na COP de Madri, em 2019, a delegação brasileira, chefiada por Salles, foi criticada pela comunidade internacional por supostamente ter travado as negociações do artigo 6 das regras do Acordo de Paris, que trata de mecanismos de mercado. 

“O ministro Ricardo Salles quer ter unidade de discurso e pleitos. Então chamou o setor para ter esse debate e buscar convergência”, completou. 

Em nota, o Ministério do Meio Ambiente disse que o encontro serviu para debater problemas ambientais como desmatamento ilegal e mudanças climáticas. “Foram ouvidas ideias e propostas para o desenvolvimento sustentável, mercado de carbono e redução de emissões pelo combate aos lixões e falta de saneamento básico.” 

O ministério informou também que foram debatidas ideias para fortalecer a imagem do Brasil no exterior, frente ao horizonte de eventos internacionais sobre meio ambiente ao longo do ano, como o Leaders’s Climate Summit, em abril nos Estados Unidos, e a COP 26. 

Participaram da reunião representantes da indústria, agropecuária, comércio exterior, setores energético, ambiental, entre outras. 

O Valor apurou que foram convidados o Instituto Brasileiro de Árvores (IBÁ), a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a Associação Brasileira dos Exportadores de Frutas (Abrafrutas), a Vale e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Fonte: Valor Econômico.

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