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Saiba um pouco mais sobre as bicheiras e como tratar

A bicheira é o nome popular que se dá a uma infestação da pele por uma grande quantidade de larvas da mosca conhecida por Cochliomyia hominivorax. Essas larvas são parasitas obrigatórios de animais de sangue quente incluindo o homem e os bovinos. No meio científico esta doença recebe o nome de miíase cutânea.

No Brasil as bicheiras ocorrem em 94% dos municípios, sendo as regiões Sudeste, Centro Oeste e Nordeste as que apresentam maior ocorrência em bovinos. A importância econômica está relacionada com os prejuízos causados pelas lesões que acabam determinando a diminuição da produtividade, atraso no desenvolvimento e morte por toxemia e septicemia.

Ciclo biológico

As fêmeas da mosca depositam seus ovos sobre feridas e depois de 10 a 24 horas, eles eclodem, liberando as larvas, que durante os próximos 4 a 8 dias se alimentarão do tecido subcutâneo, aumentando e aprofundando ainda mais a lesão. Após atingirem cerca de 1,5cm de comprimento, as larvas abandonam o animal e caem ao solo, seguindo-se de um período de pupa e emergindo como moscas, dando início assim, a um novo ciclo de vida.

Esta espécie não se desenvolve em tecidos em decomposição e a secreção produzida no local parasitado atrai outras moscas podendo ocasionar miíases secundárias e complicar ainda mais o quadro.

Época de maior incidência

A literatura mostra que há uma maior incidência de casos de bicheiras durante o período chuvoso, quando as temperaturas são mais altas e o ciclo de vida é mais acelerado. Apesar disso quadros de bicheiras podem ocorrer ao longo de todo o ano, visto que muitos quadros se iniciam a partir de práticas de manejo mal realizadas como a cura de umbigo e a castração.

Como reconhecer

As larvas da bicheira invadem apenas tecidos vivos, ou seja, feridas expostas. Sendo assim elas são muito freqüentes em umbigos de bezerros recém nascidos, em animais após castração, ou descorna e também naqueles que sofreram algum trauma que venha a formar uma ferida, como por exemplo, o corte em um arame.

Os sinais são muito claros e caracterizam-se por uma ferida aberta, com mau cheiro, sangramento e com presença de larvas no local. Nas lesões mais graves o animal tem sua vitalidade diminuída, podendo ocorrer perda das funções dos tecidos lesados. Pode haver contaminação dos ferimentos levando a uma infecção que pode ser purulenta, o que piora ainda mais o estado clínico do animal.

Como tratar

A forma mais eficiente de se tratar as bicheiras é através da remoção de todas as larvas que se encontram na lesão. Para tanto, devem ser cortados os pelos ao redor da ferida e a área deve ser lavada com água limpa e sabão de coco. A seguir, aplica-se um produto para matar as larvas e facilitar sua remoção. Utilizando-se de uma pinça, todas as larvas devem ser retiradas. Isso é muito importante uma vez a mosca coloca seus ovos de dentro para fora da lesão, na forma de camadas (interna, média e superficial), o que dificulta a chegada dos produtos capazes de matá-las (Valléecid). Após a retirada deve-se aplicar uma pomada cicatrizante e repelente (Unguento Vallée) e se necessário (nos casos mais graves), um antibiótico de amplo espectro de ação (Oxitrat LA Plus). Por fim, deve-se aplicar a Doramectina (Exceller) para garantir que não haja uma nova infestação.

Como evitar

Alguns pontos são essenciais para se evitar o aparecimento das bicheiras:

• Monitorar os animais após práticas cirúrgicas, ou que apresentem algum ferimento;

• Curar adequadamente o umbigo de bezerros recém nascidos com álcool iodado a 5%;

• Aplicar preventivamente o Exceller em todas as situações citadas acima.

vallee exceller

Informações por: Guilherme de Souza Gomes, Gerente de Serviços de Marketing da Vallée S/A

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