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Sadia e Perdigão fecham acordo

Os principais sócios da Sadia e da Perdigão chegaram a um acordo ontem (13) para unir as duas empresas, mas até às 23 horas não haviam assinado contrato. A expectativa é que isso aconteça hoje ou amanhã e o negócio seja anunciado no máximo até segunda-feira.

Os principais sócios da Sadia e da Perdigão chegaram a um acordo ontem (13) para unir as duas empresas, mas até às 23 horas não haviam assinado contrato. A expectativa é que isso aconteça hoje ou amanhã e o negócio seja anunciado no máximo até segunda-feira.

O contrato só não foi assinado por causa de exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável pela fiscalização das companhias de capital aberto. As exigências foram feitas ontem à tarde, durante visita de Luiz Furlan, presidente do Conselho de Administração da Sadia, e de Nildemar Secches, presidente do Conselho de Administração da Perdigão, à sede da CVM, no Rio de Janeiro. Advogados das duas empresas tiveram então de rever cláusulas dos contratos para se adequar às regras. Embora o contrato não tenha sido assinado, as duas empresas dão como certa a operação.

O acordo básico prevê uma troca de ações entre as duas companhias. No resultado final, a Perdigão ficaria com cerca de 70% do capital total, e a Sadia, com 30%. O capital será pulverizado no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo, mas dois grupos terão participação destacada na empresa. A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, que hoje tem 14,16% do capital da Perdigão e 7,33% da Sadia, ficará com 12% das ações da nova empresa. As famílias Fontana e Furlan, que hoje controlam a Sadia com 23% do capital, ficarão com aproximadamente 10% do capital total da nova empresa.

Uma vez anunciada a união das duas empresas será feita uma emissão de ações para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faça um aporte de recursos, por meio de seu braço de investimentos, a BNDESpar. Esse novo aporte será usado para reduzir o endividamento da Sadia, que chegou a R$ 8,5 bilhões em dezembro, depois das perdas com derivativos cambiais.

Assinado o contrato, os representantes das duas empresas passarão a discutir a estratégia para a nova empresa. Já se sabe que no exterior deve ser aproveitada a marca Sadia, que é uma marca forte em muitos mercados, como Rússia e Oriente Médio. No Brasil, sobretudo em alguns segmentos nos quais as duas marcas competem frente a frente, não há indicação de qual marca vai se sobrepor.

A matéria é de Marili Ribeiro, Mariana Barbosa e David Friedlander, para o Estado de SP, adaptadas e resumidas pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. FRANCISCO FIGUEREDO disse:

    Neste momento, em que dois gigantes da economia brasileira se unem, numa demonstração estratégica de respeito a crise internacional, nacional e ao mercado, aliado ao desejo de superação de problemas financeiros, criado por aplicações fora do ramo natural da empresa. Isso mostra, outra vez, que os lucros, são obtidos a partir da empresa, da dedicação de seus funcionários em todos níveis e para lá devem retornar, depois de remunerar quem mereça ser justamente remunerado.

    Cabe aos empresários, aos funcionários e em especial a equipe técnica, avaliar quanto, o mercado nacional quer receber em qualidade e satisfação, pelo produto que comprará da nova empresa. Aajustando então seus equipamentos e seus processos, para obter produtos simplificados, sustentáveis e acessíveis à maioria dos consumidores.

    Ao mercado internacional, a nova empresa poderia avaliar, até onde, quer ou poderá atender, as exigencias internacionais. E acredito que isto passe pela avaliação profunda do custo, em seu conceito mais amplo, para conquistar tais mercados internacionais.

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