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Rússia libera importação de carne de dois frigoríficos da Minerva

A Rússia removeu as restrições que mantinha desde 2017 para as exportações de carne bovina de um frigorífico brasileiro e habilitou outro para iniciar as vendas para lá. Ambas as plantas são da Minerva. As autoridades russas oficializaram a decisão sobre as duas unidades no início desta semana e informaram pessoalmente a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na última quarta-feira. 

Em vídeo publicado nas redes sociais, a ministra disse que além da reabertura para as duas unidades, o governo russo prometeu uma visita ao Brasil no primeiro trimestre de 2022 para vistoriar mais frigoríficos e analisar a retirada da suspensão de outras empresas. Tereza Cristina cumpriu agenda em Moscou até ontem.

Os frigoríficos habilitados são o SIF 791, em Rolim de Moura (RO), e o 2911, localizado em Mirassol d’Oeste (MT). Poderão entrar na Rússia produtos fabricados nessas plantas, como carne, miudezas e gorduras bovinas, a partir da última terça. 

O abatedouro mato-grossense estava suspenso desde maio de 2017, quando o Serviço Federal de Supervisão Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) impôs restrições às carnes bovina e suína do Brasil devido a “inúmeras detecções do beta-adrenoestimulante ractopamina” em produtos cárneos brasileiros. Outras 30 unidades também sofreram restrições. Já o frigorífico de Rondônia ainda não estava habilitado para vender à Rússia.

A carta publicada pelo serviço russo torna inválida a restrição ao frigorífico de Mirassol d’Oeste, mas a planta ainda continua impedida de fornecer “membranas intestinais e matérias-primas intestinais”. 

Segundo informações do Rosselkhoznadzor, as importações de produtos agrícolas do Brasil somaram US$ 1,33 bilhões até 15 de novembro, montante 8,4% maior que o do mesmo período do ano passado (US$ 1,23 bilhões). Ao todo, 311 frigoríficos brasileiros estavam habilitados a exportar, dos quais 108 têm direito de fornecer seus produtos sem nenhumas restrições. Sete estabelecimentos conseguiram acessar o mercado russo neste ano. 

“Apesar de várias empresas estarem sujeitas às restrições temporárias relacionadas à detecção sistemática de ractopamina (promotor de crescimento da massa muscular animal), o número das empresas brasileiras habilitadas permite negociação com muito mais intensidade e exportações em volumes significativamente maiores de produtos de carne”, diz o Rosselkhoznadzor em comunicado em seu site. 

O serviço russo “acredita que um maior desenvolvimento dessa área somente será possível se o potencial existente for realizado e os exportadores brasileiros estiverem prontos para garantir fornecimentos regulares e parceria comercial confiável”.

As exportações de carne bovina brasileira para a Rússia, no entanto, estão em queda. O volume, que foi de 45,7 mil toneladas no ano passado, caiu para 16,6 mil toneladas em 2021.

Fonte: Valor Econômico.

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