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Rússia introduzirá cartões de segurança social para produção de carne

A Rússia introduzirá cartões de segurança social para a produção de carne até o final de 2014, visando estimular o consumo de carne produzida domesticamente, de acordo com os membros do parlamento do país.

A medida é parte de um pacote especial de suporte à atividade agrícola no país que foi recentemente enviada ao State Duma (câmara baixa do Parlamento) pelo partido político governista United Russia.

Os cartões sociais são um mecanismo especial que fornecem um desconto de cerca de 10-15% para certas categorias de “produtos socialmente importantes”, com o desconto sendo conjuntamente bancado pelo Estado e pelos negócios através de uma troca de benefícios fiscais. Na Rússia, o uso de cartões de segurança social já se mostraram bem sucedidos na indústria farmacêutica e o Governo quer usar a medida para reduzir o preço da carne doméstica e dar a ela uma importante vantagem competitiva.

Outra importante iniciativa é a rápida modernização da indústria de carnes, à medida que o Estado anunciou que já cobre 35-40% dos custos de qualquer maquinaria agrícola moderna e equipamento comprado. O foco principal será nos equipamentos russos.

Entretanto, observadores da indústria acreditam que a implementação de cartões sociais no país provavelmente não mudará a estrutura da oferta no mercado de carnes russo dramaticamente. “De fato, as medidas tomadas para estimular a demanda doméstica por carnes poderiam reduzir o consumo de carne importada. Entretanto, a maioria das plantas de processamento de carnes da Rússia usa matéria-prima importada, porque é barata. Então, o nível de demanda por carne importada das plantas de carne permanecerá estável”, disse Sergey Chernyshev, especialista da agência de informação e análises, EMEAT, especializada no mercado de carnes.

“No mercado consumidor, a carne importada está presente em quantidades extremamente pequenas. Você raramente encontra carnes importadas nas prateleiras, enquanto a vasta maioria das vendas vêm de carnes resfriadas. Além disso, pesquisas conduzidas pelo EMEAT em 4 de março de 2014 confirmaram a lealdade dos consumidores a produtos produzidos localmente e domesticamente (próximo à região onde moram). Então, não estamos esperando uma mudança significativa na estrutura de oferta dos países estrangeiros” – complementa Chernyshev.

Além disso, qualquer meta para abandonar a oferta estrangeira de carnes seria impossível nesse momento, disseram os especialistas. A Rússia atualmente importa 35% de sua carne suína e 50% de sua carne bovina, de acordo com dados do EMEAT. Uma barreira às ofertas de carne suína da Europa levou a um aumento de 40% em seu preço, o que ilustra o alto nível de dependência da carne importada.

Fonte: globalmeatnews.com., traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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