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Ruralistas podem sugerir a Bolsonaro dois a três nomes para Agricultura

A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) avalia a possibilidade de sugerir dois ou até três nomes de possíveis ocupantes do Ministério da Agricultura em um eventual governo Jair Bolsonaro (PSL). A afirmação foi feita, nesta terça-feira (16/10) pela presidente do colegiado, deputada Tereza Cristina (DEM-MS).

Ela negou já haver uma lista com indicações. “Nunca colocamos isso em cima da mesa, a Frente tem condições de sugerir alguns nomes para que ele faça suas escolhas. Se a Frente for fazer isso, será indicando dois ou três nomes. Mas a menor coisa agora é o nome”, ponderou a parlamentar.

Segundo Tereza Cristina, o mais importante agora é avaliar a proposta do presidenciável para a estrutura do Ministério da Agricultura. Bolsonaro tem defendido a fusão com a pasta do Meio Ambiente, como parte de uma reforma administrativa que, segundo ele, reduziria o primeiro escalão para algo em torno de 15 ministérios.

A presidente da FPA disse que, a depender do formato a ser utilizado em um eventual governo, a bancada ruralista apoiaria a união entre as duas pastas. É um modelo, segundo ela, adotado em outros países. No caso brasileiro, no entanto, ainda é preciso entender melhor o conceito estudado pela equipe do candidato do PSL.

“Estamos aqui criando um grupo para estudar alguma coisa e apresentar a ele porque meio ambiente não é só agronegócio. Temos cidades, infraestrutura. Precisamos ver o modelo que ele quer e se é viável”, avaliou Tereza Cristina.

Segundo a deputada, a proposta da bancada ruralista é ajudar o próximo presidente da República a desburocratizar o agronegócio. Ela afirma que o setor quer menos amarras para empreender, sem, contudo, deixar de lado a segurança das leis e da sustentabilidade.

“O mais importante é saber a estrutura”, reafirmou. “Se vai contemplar a agricultura familiar junto, tem que ver o Incra, que precisa ser todo reformulado, a Pesca, que está solta na Casa Civil. Temos muitas coisas para desenhar no modelo novo do Mapa que a gente pensa que vai ser o melhor”, disse.

Nas eleições deste ano, 110 parlamentares que integram a FPA e se candidataram nas eleições legislativas se mantiveram no Congresso Nacional. A maior parte, deputados que renovaram os mandatos, entre eles, a própria Tereza Cristina. Houve também deputados eleitos senadores e vice-versa.

Oficialmente, a bancada ruralista manifestou apoio a Jair Bolsonaro. Na semana passada, um grupo se reuniu com o pesselista para entregar a pauta prioritária. Apesar dessa proximidade, Tereza Cristina não descarta tratar dos assuntos do setor com o presidenciável petista Fernando Haddad.

“Vamos colocar para qualquer um dos dois. Achamos que, com Bolsonaro será mais fácil por que ele tem externado o que ele pensa com clareza sobre os assuntos que nos são caros”, comentou.

Fonte: Globo Rural.

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