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RS: ociosidade de frigoríficos cai de 50 para 40%

O Sindicato da Indústria de Carne e Derivados no RS (Sicadergs) divulgou, ontem, o resultado de uma pesquisa que indica queda na ociosidade dos frigoríficos na última semana. O levantamento, feito junto a 15 empresas de diversos portes, apontou redução do índice médio de 50% para 40%.

O Sindicato da Indústria de Carne e Derivados no RS (Sicadergs) divulgou, ontem, o resultado de uma pesquisa que indica queda na ociosidade dos frigoríficos na última semana. O levantamento, feito junto a 15 empresas de diversos portes, apontou redução do índice médio de 50% para 40%.

O presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen, reafirmou que o problema da ociosidade é causado exclusivamente pela escassez de matéria-prima. O dirigente considera que a manutenção de oferta de gado para abate, relatada por pecuaristas da Campanha e Fronteira-Oeste, é uma realidade local e não se aplica a todo o RS. O presidente licenciado do Sindicato Rural de Caçapava do Sul, Júlio Tatsch, insiste que, se a ociosidade estivesse neste patamar, haveria falta de carne bovina no varejo, mesmo com as remessas de outros estados.

Dados do Sicadergs apontam o abate de 111.242 cabeças no mês passado contra 123.726 em janeiro de 2006, mas Lauxen lembra que, na época, havia embargo sanitário. Ele ainda rebateu as criticas de que o Sicadergs estaria traçando um cenário irreal de desabastecimento para causar queda no preço interno. “Estamos pedindo ingresso de carne com osso de outros estados desde dezembro, quando não havia escassez.”

Veja a postura dos sindicatos em relação a ociosidade da indústria na notícia RS: sindicatos contestam escassez de gado.

A notícia é do jornal gaúcho Correio do Povo.

0 Comments

  1. Julio M. Tatsch disse:

    Informo que meus comentários foram repassados ao jornal em seqüência aos cumprimentos pelo realismo da matéria do dia anterior intitulada “Pecuaristas reagem contra a indústria”. Traçando ponderações sobre a irrealidade lógica do percentual de 50% de ociosidade, divulgado em várias matérias pelo presidente do Sicadergs, versus a realidade percebida, pois se este fato fosse verdadeiro perceberíamos desabastecimento em supermercados e açougues quanto à carne gaúcha, fato que em absoluto não ocorre, demonstrando na prática e na gôndola oferta normal de matéria prima por parte dos pecuaristas gaúchos.

    Raciocínio confirmado no mesmo artigo, onde o Sicadergs reporta números de abate com um diferencial de -11% ( de 111,2 mil cab. para 123,7 mil ) e não “redução de 50%”, conforme analogia percebida pelo público desavisado! Confirmando nossas alegações sobre o Sicadergs estar traçando um cenário irreal relativo a oferta de matéria prima, tendo como objetivo a abertura do estado a entrada de carne com osso, também confirmado no artigo. Demonstrando foco imediatista e exclusivo no lucro de seus representados, independente do risco envolvido.

    No entanto, o artigo causou-nos certa preocupação, pois ao citar meu nome, afirma “insiste que, se a ociosidade estivesse neste patamar, haveria falta de carne bovina no varejo, mesmo com as remessas de outros estados”, dando margem a interpretação de “risco de falta”, ao invés do comparativo de falta de lógica nas manifestações do Sicadergs versus a realidade de oferta ao consumidor. Em momento algum, manifestei acreditar em risco de falta de carne bovina a população gaúcha, pois a oferta tem demonstrado suprir a demanda, além da possibilidade do estado importar carne maturada e desossada sem limitação de volumes, suprindo eventuais desequilíbrios e garantindo o abastecimento.

    Reiteramos nosso posicionamento favorável ao veto a entrada de carne com osso no estado, não encontrando lógica que justifique qualquer alteração, baseado no custo benefício envolvido. O setor produtivo percebe bem isto, pois no último evento de febre aftosa no estado, sofreu durante anos, arcando com prejuízos que ainda estão sendo superados, de forma diferente da indústria e varejo, que são repassadores de preços, portanto trabalhando com margens pré-estabelecidas por estes. Se o preço final baixa, simplesmente repassam esta baixa aos produtores, mantendo seus lucros intactos.

    Salientando que com relação as margens de lucro dos frigoríficos e varejo na carne bovina, carece discussão, pois operam em níveis bem mais elevadas que as utilizadas nas carnes de frango e suíno!

    Obs.: A preocupação e os comentários acima expostos foram repassados via email ao jornal citado.

    Julio Tatsch, agropec.e delegado representante Sind.Rural de Caçapava do Sul – RS.

  2. Ricardo Vinhas disse:

    Comprimento o Júlio pela clareza de suas colocações e mais uma vez colocar que a indústria junto com o varejo estão pressionando a opinião pública com notícias alarmantes de desabastecimento imediato o que de forma alguma irá acontecer os dados são claros existe sim uma retração de 11 % de abates para igual período e não de 50% como tem sido noticiado.

    A indústria também tem pressionado com ameaças de demissões para que o Governo venha a flexibilizar a entrada de carne com osso cujo objetivo único é lucro imediato sem a preocupação com a possibilidade de instalações de novos focos de aftosa no Estado do RS.

    Gostaríamos mais uma vez colocar que a decisão deverá ser técnica e que como técnica seja tomada, é sabido por todos o risco de permitirmos a entrada de carne com osso no Estado/RS.

    A Secretária e seu Corpo Técnico sabem o quanto será preocupante a entrada de carne com osso no Estado/RS e os riscos que estaremos expostos já vivemos este fato em 2001/2002 somente agora a pecuária esta se recuperando devemos sim enaltecer o trabalho que esta sendo feito pela SAA em detrimento das dificuldades encontradas para que possamos manter a Aftosa longe de nossas fronteiras.

    Quanto ao desabastecimento se fosse este o problema a Portaria 015 de janeiro de 2007 permite a entrada de carne maturada e desossada de outro estado sem limitação de quantidade o que com tranqüilidade manteria o abastecimento.

    O posicionamento do Sicadergs mais uma vez é imediatista e de visão de curto prazo sem se preocupar com os reflexos de suas pretenções comerciais.

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