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RS: implementar rastreabilidade passou a ser meta, diz Luiz Fernando Mainardi

Para avançar nos setores de produção, sanidade e mercado, com vias de construir o programa "Valorização da Carne Gaúcha", implementar a rastreabilidade bovina no RS passou a ser meta, disse o secretário.

O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, e a coordenadora da Câmara Setorial da Carne Bovina, Anna Suñe, participaram de debate sobre rastreabilidade do rebanho bovino gaúcho realizado pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), nesta terça-feira (25).

O encontro também serviu para conhecer um sistema de software produzido pela empresa ID² Tecnologia, contratada por meio de convênio entre a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e o Ministério da Agricultura Pecuária e Agronegócio(Mapa), que objetiva a composição de uma Plataforma de Gestão Agropecuária(GTA), a ser empregada no sistema de defesa sanitária.

O secretário Mainardi fez um relato das ações conduzidas até o momento para viabilizar a implementação do programa de rastreabilidade. O titular da pasta lembrou que decisão partiu de uma deliberação da Câmara Setorial da Carne Bovina, em seminário de “Alinhamento Estratégico”, realizado em julho deste ano, em Capão da Canoa.

Para avançar nos setores de produção, sanidade e mercado, com vias de construir o programa “Valorização da Carne Gaúcha”, implementar a rastreabilidade bovina no RS passou a ser meta, disse o secretário.

Para bancar o programa, com um orçamento estimado em R$ 80 milhões, Mainardi espera contar com a certeza de uma emenda conjunta da bancada gaúcha que garanta do Orçamento da União, nos próximos quatro anos, R$ 20 milhões por ano.

Para Ana Suñe, o trabalho vem ganhando aliados por etapas. Depois do consenso dentro da Câmara Setorial, foi a vez de conquistar o apoio do Ministério da Agricultura e, agora, da bancada gaúcha no Congresso Nacional. “Estamos construindo o diferencial futuro da carne do Rio Grande. A ideia é implantar a rastreabilidade de forma escalonada por geração nascida, aos moldes do sistema uruguaio”, disse Suñe.

De acordo com presidente da Farsul, Carlos Sperotto, todos estão sendo testemunhas da união do segmento em torno desta causa. “Estamos avançando com muito otimismo e queremos crer que o resultado vai ser benéfico a todos”, definiu Speroto.

O encontro também contou com a participação do presidente do Fundesa (Fundo de Defesa de Sanidade Animal), Rogério Kerber e do Gestor de Plataforma de Gestão Agropecuária da CNA, Décio Coutinho.

Fonte: assessoria do Governo do RS, adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Na base da canetada fica fácil fazer, em tese. Esse pessoal não se cansa de empurrar o engodo da identificação individual como sendo uma "rastreabilidade" inútil?

    A pergunta que se impõe é "cui prodest?". Que esquema está sendo montado por fora?

    Mais uma: reunião só de caciques. Quem é que vai por o guizo na onça?

    Santa Catarina fez o mesmo, e, pelo que sei, gerou enormes distorções. Alguém de SC comenta?

  2. José Manuel de Mesquita disse:

    Aos amigos BeefPoint  Humberto e Roberto Trigo,

    Tenho um comentário enviado de um produtor de Santa Catarina em 02/2010, de nome Márcio, da propriedade Dona Emma, o qual nos mostra como está a situação em SC… Reproduzo-o a seguir, quem sabe assim satisfaço parte da curiosidade do Humberto e  registrada em seu último paragrafo…  A propósito, comentei o assunto em um  "escrito"   postado em meu blog
    https://beefpoint.com.br/mypoint/jmm/p_resposta_a_dona_emma_340.aspx

    Abraço, Saúde e Sorte,

    ———————————————————————————————————————–
    Eu não sei como esta sendo feito a rastreabilidade em outras regiões do Brasil. Aqui em Santa Catarina o processo de rastreabilidade foi implantada pela Cidasc, orgão estadual, que forneceu mão-de-obra e insumos para que fosse colocado dois brinco, um em cada orelha de todos os animais. Assim quando nasce um animal informamos ao representando no município e o mesmo fornece um brinco para que seja colocado no animal. Para tanto, precisa ser informado o número do brinco da mãe.
    Infelizmente isto não agregou em nada no preço e sim agora somente esta honerando o trabalho nas propriedades com a colocação destes brinco. Sem falar que esta acontecendo inflamações nas orelhas após a colocação do brinco e, em muitos casos, temos que fazer a amputação da orelha para poder fazer o curativos.

    Este é o panorama da rastreabilidade no em Santa Catarina.

  3. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Caro José Manuel sou obrigado a concordar que o pecuarista de Santa Catarina não ganhou nada com a adoção do sistema de rastreabilidade de SC, como relata o Sr Marcio, da propriedade Dona Emma. Em sendo um sistema de adesão obrigatória não distingue os produtores e seus produtos e ptto não agrega valor ao boi gordo.
    Mas o foco lá em SC era e continua sendo proteger a produção suína e avícola, não bovina. As duas primeiras são vitais para a economia do Estado, já a bovina não. O rebanho de SC não abastece sequer seu mercado interno. E para compensar isto o Estado "arcou" com o custo de identificadores e sistema (software + pessoal) para atendimento de um escopo mínimo.
    De fato como sugere o Sr Roberto, no post acima do seu, o que o Estado implantou em SC é mais um sistema de identificação e certificação de origem do que de rastreabilidade. Precisa de muitas melhorias para mostrar real utilidade. Mas casos de infecção de orelhas que gerem amputações são uma raridade se o manejo dos animais for adequado. Não acho absolutamente que este seja o principal obstáculo a rastreabilidade bovina.
    Já a crítica a forma de implantação de um sistema obrigatório de rastreabilidade no RS ser de certa forma imposta de cima para baixo, nos moldes de SC, como menciona o Sr Humberto, é um  ponto que merece atenção. De fato tb tenho a impressão que falta debate e participação dos pecuaristas. Mas tb é fato que a classe não esta devidamente estruturada para defesa de seus interesses. A CNA em última instancia deveria representar melhor estes interesses, mas a construção desta reprersentatividade é um problema muito maior que a questão específca da rastreabilidade. Não sou gaucho, mas torço que os pecuaristas de lá tenham sido escutados, senão o programa será um fracasso.

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