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RS: Farsul pede ajuda do governo para implantar rastreabilidade

O aporte de recursos públicos para ampliar o processo de rastreabilidade no Brasil foi reivindicado pelo presidente da Comissão de Bovinocultura de Corte da Farsul, Carlos Simm, ontem, em viagem de estudos que levou 25 produtores gaúchos ao Uruguai. Segundo ele, o governo do RS dispõe de R$ 1 milhão em seu programa estruturante destinado a esta área.

O aporte de recursos públicos para ampliar o processo de rastreabilidade no Brasil foi reivindicado pelo presidente da Comissão de Bovinocultura de Corte da Farsul, Carlos Simm, ontem, em viagem de estudos que levou 25 produtores gaúchos ao Uruguai. Segundo ele, o governo do RS dispõe de R$ 1 milhão em seu programa estruturante destinado a esta área. O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, informa que a liberação da verba só deve começar após a definição sobre as novas regras do Sisbov.

Diferente do Brasil, a identificação dos animais no Uruguai é obrigatória e feita com subsídio do governo. “Em todos os países em que a rastreabilidade foi efetivada em 100% teve financiamento, principalmente do governo”, afirmou. Simm salientou que, para tanto, é preciso concluir o projeto para o Estado, o que ele espera para o fim deste ano. “Poderíamos até buscar recursos federais”, disse.

Segundo ele, com apoio, seria possível aplicar tecnologia semelhante a do Uruguai, que usa brinco e chip para a identificação dos animais. “Isso poderia ser feito com os recursos do fundo de rastreabilidade, enquanto a organização do processo com apoio do Estado.”

A obrigatoriedade da rastreabilidade também foi defendida pelo presidente do Frigorífico Pul, Miguel Guiarte. “O Brasil cometeu um erro ao permitir a rastreabilidade optativa”, sentenciou, ao defender que todos têm direto a ter acesso a produto de mesma qualidade. O gerente da fazenda Los Alamos, que pertence ao Grupo Ana Paula, Fernando Severo, concordou que o sistema funciona no Uruguai por ser imposto. “O abate clandestino aqui é mínimo. Funciona porque é obrigatório e o governo dá o brinco.”

A matéria é do jornal Correio do Povo/RS, adaptada e resumida pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Humberto de Freitas Tavares disse:

    A sociedade não pode ser chamada a financiar a mamata com dinheiro público. Nós pecuaristas estamos de olhos bem abertos para os movimentos da CNA e das Federações.

    Mais lógico é voltar ao sistema que sempre existiu, com GTA, nota fiscal, marca do criador, SIF no abate, defesa sanitária estadual aparelhada e fazendo o que tem que fazer, e não reduzida a carimbadora de papelada inútil do Sisbov.

    Mas isso eles não admitem. Tem que complicar, para vender facilidades, traquitanas, serviços e taxas cartoriais.

    E tem mais: quem, como o senhor Guiarte, diz que a carne de boi sem brinco não tem qualidade age com má-fé cínica ou é portador de obtusidade córnea, para usar as expressões caras ao imortal Eça.

    SISBOV? Não brinco mais!

  2. juliano paim borges disse:

    O leitor Humberto deve ter os seus motivos para criticar o SISBOV, mas em um país como o nosso, abundante em recursos naturais, onde produzimos o boi verde, não podemos deixar o SISBOV nas mãos de técnicos e burocratas que cada vez mais complicam o sistema, ao invés de facilitar a vida do pecuarista brasileiro.
    Enquanto, não resolvemos esses problemas, perdemos mercado e principalmente, credibilidade, como se fôssemos nós produtores responsáveis por tudo isso.

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