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Rodrigues defende mudança na fiscalização agropecuária após Carne Fraca e JBS

O coordenador do Centro de Estudo de Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (GVAgro), o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, defendeu, após os desdobramentos da operação Carne Fraca e o episódio das delações envolvendo a JBS, uma mudança no sistema de fiscalização agropecuária no Brasil.

A proposta de Rodrigues é criar uma agência de defesa sanitária federal que estabeleça regras para a fiscalização, terceirização do processo de fiscalização e controle da fiscalização terceirizada por meio dessa agência.

Rodrigues ressaltou, ainda, o problema de escassez de indústrias na área dos frigoríficos. “A JBS compra mais de 50% dos bois em Mato Grosso. Então a carne despencou de preço no Estado.” O ex-ministro apontou que pecuaristas já têm relatado dúvidas se vão ou não confinar gado este ano, preferindo deixar o boi no pasto mais um ano, “o que é um motivo de perda, mas é uma perda que é jogada para frente”.

Ele elogiou a atuação do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na diluição do impacto da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, mas ponderou que o efeito da crise da JBS pode demorar um pouco mais para ser dissipado.

Nesta segunda-feira, 5, durante a Palestra Perspectivas do Agronegócio Brasileiro, no Ciclo de Palestras da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo, Rodrigues destacou a contribuição do agronegócio para a economia brasileira, mas defendeu a necessidade de uma estratégia para o desenvolvimento do setor com articulação entre políticas públicas e privadas.

Do lado das políticas públicas, ele defendeu a necessidade de fortalecimento tanto de instrumentos de garantia de renda para o produtor rural, com mudanças nos sistemas de crédito e seguro rural e preços de garantia, como em termos de políticas comerciais, com a realização de novos acordos bilaterais e negociação para abertura de mercados para produtos de maior valor agregado.

Rodrigues destacou também o papel das reformas previdenciária, trabalhista e tributária para o avanço do setor.

Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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