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Rodrigo Albuquerque: o confinador é o “Usain Bolt da pecuária”, sua velocidade é enorme e marcante

O Prêmio BeefPoint – Edição Confinamento vai homenagear quem faz a diferença nos confinamentos do Brasil. Essa é uma iniciativa do BeefPoint, e tem a Assocon como parceira. A premiação será feita durante o Interconf 2013, evento da Assocon que acontecerá nos dias 9 a 12 de setembro de 2013, em Goiânia/GO e que o BeefPoint está fazendo a curadoria de conteúdo.

Para conhecer melhor os finalistas, o BeefPoint preparou uma série de entrevistas que mostram o que eles têm feito para se destacar na pecuária de corte.

Confira abaixo a entrevista com Rodrigo Albuquerque, um dos finalistas na categoria Comercialização e Mercado Futuro em Confinamento.

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Rodrigo Albuquerque se graduou em Medicina Veterinária pela USP em 1995. Trabalhou por 3,5 anos no Departamento Técnico da Cargill – Fábrica de rações, em Paulínia-SP, atendendo internamente a demanda técnica de uma fábrica de ração comercial (leite e corte). Trabalhou por 5 anos no Departamento Técnico-Comercial da Nutron Alimentos, em Campinas-SP, atendendo Fazendas de produção intensiva de gado de leite e de corte. Trabalhou por 2 anos como Gerente de Contas Especiais da Elanco, atendendo fábricas de rações e premixes em todo o Brasil, no tocante a aditivos alimentares.

Há 7 anos à frente do projeto de Pecuária da Fazenda Marca e Buritis, em Jussara-GO, trabalhando com recria e engorda de gado de corte, centrado em produção de carne à pasto, semi-confinamento e confinamento. Faz palestras há mais de 11 anos, e atualmente em especial sobre o mercado do boi gordo (físico e futuro).

BeefPoint: O que você considera mais importante em um confinamento de gado de corte?

Planejamento. Uma atividade que perdura por cerca de 9% da vida de um boi gordo de 30 meses de idade (80 dias / 912 dias), mas que responde por aproximadamente 32% do seu peso (6@ / 19@) é muito intensa e não permite desvios. Por isto se assemelha a uma corrida de 100 metros rasos. Qualquer “passo em falso”, retira impiedosamente as chances de sucesso. Não há espaço para erros.

BeefPoint:  Qual o maior desafio dos Confinamentos no Brasil hoje?

Profissionalização. Uma atividade intensa como o confinamento difere muito do ritmo da produção à pasto tradicional, ou até intensiva. Daí surge a principal dificuldade. O confinamento apresenta-se para o produtor tal qual uma atividade industrial. Neste cenário, a profissionalização é imperativa e muitas vezes falha.

BeefPoint: Qual projeto de confinamento você teve contato ou implementou nestes últimos anos, que considera um case de sucesso? Por quê?

O Confinamento da Fazenda Buritis & Marca, feito nas próprias fazendas do grupo que gerenciamos (Jussara-GO) e também em parceiros, como o Boitel da Fazendas Ecológicas S.A., em Acreúna-GO. Consideramos um case de sucesso porque conseguimos fazer do confinamento uma ferramenta que permite gerenciarmos melhor nossos pastos, otimizando a produção de arrobas/hectare e o desfrute das Fazendas onde o gado tem a sua recria/engorda.

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BeefPoint: O que você fez em 2012 que te trouxe mais resultados?

Nós tecnificamos o pastejo dos animais ao contratar consultoria técnica especializada na área (Eng. Agr. Armélio Martins), o que nos permitiu dobrar a quantidade de arrobas produzidas por hectare, através do menor período de permanência na Fazenda que os animais passaram a experimentar. Isto fez nossa lucratividade por hectare dar um salto, integrando a engorda de bois a pasto, a semi-confinamento e a confinamento propriamente dito.

BeefPoint:  O que você pretende fazer de diferente em 2013? E por quê?

Já estamos fazendo… Mergulhando mais fundo ainda no oceano da intensificação da engorda a pasto, casada com o confinamento, aliando isto a ferramentas gerenciais técnicas e administrativas (softwares) que vão nos permitir ter respostas imediatas para os indexadores da nossa atividade, tal qual o painel de controle de uma aeronave. Tudo isto porque, tal qual o piloto do avião, precisamos de informações precisas e rápidas para realinhar eventuais desvios de rotas.

BeefPoint: Qual mensagem gostaria de deixar para os confinadores no Brasil?

Confinador, você é o “Usain Bolt da pecuária”. Sua velocidade é enorme. Marcante. Treine, sue, tecnifique-se, profissionalize-se. Sua atividade necessita. Encare-a como uma atividade industrial. Ela se assemelha em muito com isto.

Seus ganhos serão pequenos por unidade produzida e isto é uma tendência consistente. A escala é a sua amiga. Lembre-se, o confinamento é o melhor amigo do pasto. O planejamento é o anjo da guarda do confinamento. E a trava de preços, com base nos seus custos e no seu desejo de rentabilidade, é a sua tábua de salvação.

O verdadeiro especulador é quem coloca boi no cocho e “paga para ver” o resultado no final. Afinal de contas, sem travar o seu preço de venda, literalmente você pode apenas “pagar para ver”.

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Quem merece ganhar o Prêmio BeefPoint Confinamento? Clique Aqui e Vote!

Confira a Programação do Interconf 2013

Lembramos que todos os finalistas do prêmio são convidados vip cortesia do Interconf 2013.

3 Comments

  1. Renato Simões Estima disse:

    Trabalhei com o Rodrigo na Elanco, pessoa admirável e de ótimos princípios, dos melhores amigos que fiz por lá, extremamente dedicado ao trabalho e ao estudo, profissional exemplo para todos nós envolvidos na agropecuária, com toda certeza merece esta indicação. Parabéns Rodrigo. Saudades
    Renato Estima – renatoestima@uol.com.br

  2. Fabrício Leite de Souza disse:

    Tenho a honra de trabalhar com o Rodrigo Albuquerque um profissional bem acima da média, e muito dedicado ao trabalho como colocado pelo Senhor Renato (que foi seu colega de trabalho na Elanco), o qual busca a cada dia melhorar a produção sem deixar de lado o bem estar animal, ambiental e social. E que busca a cada dia melhorar as negociações de venda do boi gordo, pois é o momento da colheita de um, dois ou três anos de trabalho para engordar o boi.
    Indicação mais do que merecida.
    Parabéns Rodrigo.

  3. Rodrigo Albuquerque disse:

    Renato e Fabrício. Dois amigos, companheiros de trabalho, um do passado e outro do presente. Obrigado pelas palavras, de ambos! A minha jornada profissional tem sido árdua e frases como esta são uma espécie de gasolina que atiça a chama da busca pela melhoria contínua, como profissional e como pessoa. Obrigado, Amigos.

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