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Mercado físico do boi gordo – 10-01-2013
11 de janeiro de 2013

Como fazer quando o supermercado informa errado a origem da carne bovina

Leia o depoimento de Roberta Zuge sobre qualidade e identificação de origem da carne bovina.

Com foco na garantia da qualidade de produtos pecuários sempre busco informações para adquirir carne. Atuei no Paraná, colaborando também com algumas Alianças Mercadológicas, e que alguns integrantes realizaram cursos comigo. As Alianças possuem uma sistemática muito interessante, onde a marca da carne é do grupo de produtores, e o abate é um serviço terceirizado.

Em uma ocasião estive em um grande supermercado (cadeia nacional) aqui em Curitiba. Deparei-me com um enorme banner de uma das Alianças, de novilho precoce, na gondola de carnes. Perguntei ao vendedor quais daquelas carnes eram oriundas daquele local. Para minha surpresa, ele indicou uma carne que possuía um adesivo de um frigorífico de Naviraí. Sei que eles não abatiam lá e questionei ao vendedor.

Ele me disse que isto não tinha a menor importância, pois colocavam os adesivos que estavam disponíveis. E afirmou que aquela era a carne de novilho precoce oriunda da Aliança em questão. Era uma costela que cada osso tinha quase a largura do meu braço! Muito precoce o animal mesmo. Mas, comprei a carne, fotografei tudo e enviei ao presidente do sindicato do município, que era ligado a esta Aliança.

No dia seguinte ele me telefonou e, como era de se esperar, a carne não era deles, ainda não tinham efetuado nenhuma entrega de carcaça a este supermercado!

No meu entendimento isto é crime, o consumidor é enganado, sistematicamente, e tem poucos meios para conseguir se resguardar. No outro extremo o produtor também é lesado. Neste caso, a marca em questão perde a credibilidade, pois não possui nada das características esperadas pelo padrão descrito.

Acredito que mecanismos de garantia de origem e qualidade, que tenham, também, meios de afiançar os critérios de transporte, manutenção, manipulação, etc. nos pontos de venda sejam necessários para mantermos a confiança dos consumidores.

Leia o artigo original e todos os comentários em: Para refletirmos sobre nossa pecuária de corte.

2 Comments

  1. Rodrigo França Padovani disse:

    Roberta, o pior é a grande quantidade de marcas que oferecem picanha fatiada em alguns supermercados onde o preço é mais baixo que a peça inteira, como um frigorifico pode vender uma peça inteira de picanha a R$ 44,00 e a picanha fatiada a R$ 32,00? Você processar a carne torna ela mais barata? Queria entender esta matemática!
    Não sei se o mesmo ocorre em outras regiões do país.

  2. Paulo Sergio dos Santos disse:

    Desculpe a minha intromissão Rodrigo, mas a matemática é bem simples, no processo de fatiação pode ocorrer um “equivoco” do processador, e junto com a picanha ser fatiada também a contra picanha(parte entre terc. veia e cx. duro) e olhe lá se não entra aí também uma porção de cx. duro, então você terá uma deliciosa picanha de 1,500/1.600kg. ao preço de R$-32,00.

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