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25 de setembro de 2019Resposta de produtora de carne bovina ao apelo de Ellen DeGeneres pela redução no consumo de carne se torna viral
Em 17 de setembro, Ellen DeGeneres foi às mídias sociais para dizer aos espectadores que “sejam legais, comam menos carne”, alegando que é bom para o planeta, os animais e seus espectadores, mas uma produtora de gado em Dakota do Sul se tornou viral em sua resposta ao apelo de Ellen e espera visitar Ellen em seu programa.
Amanda Radke, produtora de carne e escritora da Beef Magazine, disse que estava percorrendo o Instagram quando viu o vídeo de Ellen incentivando as pessoas a comer menos carne.
Radke então escreveu uma carta aberta a Ellen, pedindo para estar em seu programa para compartilhar não apenas sua história, mas a história da agricultura animal.
Agora, a postagem de Radke foi vista milhões de vezes no Facebook e Instagram, com sua carta na Beef Magazine recebendo bastante visualização também. Radke disse que a carta é uma resposta à desinformação compartilhada no vídeo de Ellen e acredita na escolha do consumidor.
Ela acrescenta que os consumidores devem fazer escolhas com as informações corretas.
“Se estamos analisando uma dieta que realmente ajuda o planeta, acredito firmemente que o gado é uma parte importante do nosso ecossistema. Cerca de 70% da superfície terrestre de nossa terra não é adequada para a modernização ou a agricultura, mas o gado pode pastar nessa terra e se transformar em carne bovina densa em nutrientes e subprodutos enriquecedores de vida para as pessoas desfrutarem ”, disse Radke.
De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, a agricultura foi responsável por 9% das emissões de gases de efeito estufa e o transporte e a eletricidade são responsáveis por mais de 50% em 2017.
Megan Webb, professora da Universidade de Minnesota, disse que a carne bovina contém heme-ferro, que é mais facilmente absorvido pelo organismo em comparação ao ferro não-heme da proteína à base de plantas.
Confira abaixo a carta de Amanda Radke:
Querida Ellen:
Olá! Sou criadora de gado, amante de carne bovina, escritora, esposa e mãe de três filhos e adoraria alguns minutos do seu tempo para falar sobre sua nova mensagem #BeNeatEatLessMeat nas mídias sociais. Sinto que existem alguns conceitos errados sobre agricultura animal que eu realmente gostaria de esclarecer, se tivesse a chance.
Antes de abordar alguns desses mitos comuns sobre a produção de carne bovina, gostaria apenas de dizer que adoro a maneira como você aborda a vida a partir de um local de compaixão, bondade e empatia. Definitivamente, precisamos de menos agressores e mais amizade neste mundo hoje, e agradeço como você incentiva todos a fazer o bem. Essa mensagem significa muito, então obrigada por ser você!
Eu também tento abordar a vida do mesmo ponto de vista. Eu acredito em ser gentil, em primeiro lugar. Minha fé em Deus, na humanidade e no que a próxima geração tem a oferecer ao nosso povo e ao planeta é grande! E minha consciência é clara quando se trata de consumir produtos de origem animal e, por favor, deixe-me explicar por que:
Primeiro, você menciona que comer menos carne é melhor para a nossa saúde. Eu argumentaria o contrário.
Uma porção de 85 grams carne bovina (173 calorias) contém 10 nutrientes essenciais, incluindo cerca de metade do seu valor diário de proteína! Para obter os mesmos 25 gramas de proteína que você pode obter de uma porção de carne, seria necessário consumir 3 xícaras de quinoa (666 calorias), 6,5 colheres de sopa de manteiga de amendoim (613 calorias), quase 2 xícaras de feijão preto (379 calorias) ou mais de 1 xícara de edamame (249 calorias).
Sem dúvida, calorias por calorias, a carne é o melhor retorno para seus investimentos nutricionais. Além disso, contém 51% de gorduras monoinsaturadas, as mesmas gorduras saudáveis do coração encontradas no azeite. A gordura é essencial para alimentar nossos cérebros e nossos corpos, e me sinto ótima ao comer carne, sabendo que ela está me dando os nutrientes necessários para acompanhar meus filhos, pensar com clareza e envelhecer bem, mantendo a massa muscular.
Segundo, você sugere que uma dieta baseada em vegetais é mais saudável para os animais.
Mais uma vez, amo sua compaixão. Eu também amo animais. Nossa família tem uma Labrador preta mais fofa chamada “Quinn”, e nós a amamos e a adoramos!
Também temos muitos bovinos em nossa fazenda, e é aí que realmente provém minha paixão por animais. Em nossa casa em Dakota do Sul, vemos uma nova vida começar na primavera com filhotes nascidos aqui. Cuidamos deles, fornecendo abrigo, água, espaço e nutrição perfeitamente equilibrada para ajudá-los a crescer e prosperar.
E sim, no final do dia, estamos criando esse gado para carne. Entendemos esse círculo da vida e respeitamos, sabendo que a carne que criamos nutre as pessoas. Além disso, utilizamos bovinos de corte para muito mais do que apenas alimentos. Centenas de subprodutos de carne bovina, incluindo a maquiagem que você promove em seus anúncios CoverGirl, enriquecem nossa vida cotidiana, e isso é verdade se você é um comedor de carne ou um vegano.
Eu entendo não querer machucar os animais comendo-os; no entanto, toda dieta – seja baseada em plantas ou não – inclui algumas formas de morte. Deixe-me explicar. Em nossa fazenda, mantemos belas colinas de pastagens para o gado. Essas pastagens abrigam uma abundância de vida selvagem, incluindo veados, raposas, esquilos, coelhos, tartarugas, ratos, abelhas, minhocas, insetos, esquilos, cães da pradaria, peixes, sapos e muito mais.
Se eliminarmos o gado pastando nessas terras, essas pastagens podem ser convertidas em terras agrícolas ou desenvolvimento urbano. Embora ambos tenham um lugar na sociedade, se tudo fosse campos de concreto ou arados, para onde iria a vida selvagem? Suas casas se foram!
Terceiro e, finalmente, quero enfatizar que não podemos sair da mudança climática.
Eu juro, me preocupo com o planeta tanto quanto você. Quero um futuro em que meus filhos e netos tenham acesso a uma abundância de recursos naturais, incluindo ar puro, água fresca e alimentos nutritivos. E acredito que agricultores e pecuaristas podem fazer parte da solução para lidar com as preocupações climáticas do nosso planeta.
No entanto, se realmente queremos reduzir nossa pegada de carbono, é por isso que cortar carne não funciona.
Cerca de 70% da superfície terrestre de nossa terra não é adequada para a modernização ou a agricultura, mas o gado pode pastar parte dessa terra e convertê-la em carne com nutrientes. Sem animais ruminantes nesta terra, grande parte da área se tornaria terrenos áridos que emitem toneladas de carbono em vez das colinas verdejantes que temos agora.
Além disso, o gado pode reciclar plantas de pouco ou nenhum valor nutricional e convertê-las em proteínas de alta qualidade e outros subprodutos para que as pessoas desfrutem. A indústria de carne bovina de hoje produz a mesma quantidade de carne bovina com 33% menos gado do que em 1977, e realizamos isso com apenas 8% da carne bovina do mundo. Disso, tenho muito orgulho.
E, embora o gado emita metano na forma de arrotos, a quantidade que eles emitem quando digerem os alimentos é altamente inflada. A carne bovina dos EUA tem uma das menores pegadas de carbono do mundo, 10 a 50 vezes menor do que algumas nações. As emissões de gases de efeito estufa (GEE) do gado representam apenas 2% das emissões de GEE dos EUA. Para comparação, os aterros contribuem com 2,2%; 25,3% são provenientes de transporte; 29,7% de eletricidade; e 40,9% de outras fontes.
Para colocar isso em perspectiva, se todos os animais e aves do sistema alimentar dos EUA fossem removidos, isso reduziria apenas as emissões globais de GEE em 0,36%. Se todo americano adotasse as segundas-feiras sem carne, as emissões de GEE dos EUA seriam reduzidas em apenas 0,37%. E se todo americano fosse vegano, as emissões de GEE dos EUA seriam apenas 2,6% mais baixas, mas também resultaria em nutrientes insuficientes para alimentar a população dos EUA, um aumento no uso de fertilizantes sintéticos para cultivar alimentos à base de plantas e maior erosão do solo devido à perda de cobertura que as pastagens nos dão.
Ellen, eu sei que você quer fazer o bem neste mundo, e eu também! Se você realmente deseja promover a saúde planetária e nutrição adequada para todos, peça aos seus fãs que se concentrem na redução do desperdício de alimentos!
Você sabia que 40% de toda a comida trazida para casa nos EUA não é consumida? Isso é suficiente para encher um estádio Rose Bowl de 90.000 lugares todos os dias!
Em uma nota lateral, recentemente assisti à sua série especial de comédia, “Relatable”, na Netflix, e gostei de ouvir como você começou sua carreira desde o início e construiu seu legado diante de grandes adversidades.
Como fazendeira, estou fazendo coisas semelhantes em minha própria carreira. Meu marido Tyler e eu trabalhamos duro todos os dias, apesar de muitos e muitos desafios – incertezas do mercado, guerras comerciais, clima imprevisível, risco de capital inacreditável, aumento do endividamento e uma sociedade que acredita que não estamos fazendo o que é certo para a terra, o gado ou para pessoas. É desanimador, para dizer o mínimo.
Mas fazemos isso e continuamos a criar gado na terra, porque é a nossa paixão, o nosso legado e, no centro de tudo, é uma maneira de ajudar a humanidade, fornecendo carne e subprodutos para o mundo!
Adoramos nossa vida tranquila no campo, com os espaços abertos; é um ótimo cenário para criar crianças gentis, responsáveis e trabalhadoras. Nosso único desejo é que outros tenham a chance de visitar uma fazenda e ver em primeira mão os grandes corações da comunidade agrícola e pecuária dos Estados Unidos! Nós nos preocupamos e estamos ouvindo suas preocupações!
Ellen, convido você e Portia a visitar nosso rancho em Dakota do Sul! Melhor ainda, essa garota da fazenda adoraria visitá-lo em Los Angeles e compartilhar algumas histórias agrícolas em seu programa de TV! Você poderia encontrar espaço em sua programação para essa pecuária vir sentar-se no seu espaço? Vamos dançar e conversar sobre gado; Prometo que teremos um ótimo momento e adoraria a oportunidade de conectar-me a você e seu público!
Obrigado por reservar um tempo para ler minha história! #BeNeatLetsEatMeat #EatMeat # Yes2Meat #MeatHeals #ByeBye
Cumprimentos de Dakota do Sul!
Atenciosamente,
Amanda Radke
Fonte: Keyc.com e BEEF Magazine, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
