O mercado brasileiro de carne bovina teve preços mais acomodados na semana passada, em decorrência da reposição mais lenta, característica da segunda quinzena do mês. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, os frigoríficos de maior porte ainda se deparam com uma posição confortável, trabalhando com escalas de abate de cinco dias úteis em média, que vem sendo preenchidas em grande parte pelos confinamentos próprios e os negócios nos contratos a termo.
“Já os frigoríficos de menor porte, por outro lado, seguem atuando com escalas um pouco mais curtas, de três dias úteis em média, necessitando maior esforço na compra de gado para atender a demanda mais forte prevista para o mês de outubro”, explica.
Iglesias destaca que o boi segue com uma curva de preços bastante diferenciada neste ano, com valores muito acima da média, mesmo em um momento no qual a demanda interna mostra sinais de enfraquecimento, diante da crise econômica enfrentada pelo país e com a queda nas exportações. Isso devido à oferta, já que o ritmo de nascimentos dos bezerros não tem acompanhado o crescimento da demanda por gado de reposição.
Fonte: Diário do Comércio, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.