Relatório que estimula redução no consumo de carne gera debates e reações: #Yes2meat

Um relatório, publicado na prestigiada revista The Lancet, delineia uma dieta ideal – apelidada de “dieta de saúde planetária” – que visa promover a saúde humana e a saúde a longo prazo do planeta, reduzindo a contribuição da agricultura para a degradação ambiental e mudança climática.

De acordo com o relatório, a maioria das pessoas deve ingerir menos carne vermelha e açúcar e adicionar mais alimentos à base de vegetais às suas dietas. “A dieta permite um hambúrguer de carne e duas porções de peixe por semana, mas a maioria das proteínas vem de legumes e nozes”, segundo o The Guardian. “Um copo de leite por dia, ou um pouco de queijo ou manteiga, cabe dentro das diretrizes, assim como um ovo ou dois por semana. Metade de cada prato de comida dessa dieta é composta de verduras e frutas, e um terço de cereais integrais.”

Leia mais sobre essa dieta: Conheça a dieta que promete salvar vidas e o planeta (sem excluir a carne)

O relatório foi realizado pela Comissão EAT-Lancet, que incluiu 19 comissários e 18 co-autores de 16 países diferentes. Foi co-presidido por Walter Willett, da Universidade de Harvard, e Johan Rockström, do Instituto Potsdam de Pesquisa sobre o Impacto Climático e do Centro de Resiliência de Estocolmo. A comissão em si é uma colaboração entre várias organizações sem fins lucrativos europeias: EAT, o Centro de Resiliência de Estocolmo, o Wellcome Trust e a Fundação Stordalen.

Reações

Membros da indústria de carne foram rápidos para criticar o relatório. O Instituto Norte-Americano de Carnes chamou isso de “solução de dieta da moda”, que está em descompasso com a ciência da nutrição. O Conselho Nacional de Produtores de Carne Suína disse que o relatório foi “baseado em ciência duvidosa e é irresponsável”.

Porém, não foram apenas os grupos da indústria de carne que criticaram as descobertas. Nutricionistas, entusiastas da dieta paleo e um coro de defensores do baixo consumo de carboidratos estão causando polêmica no Twitter, alguns twittando sob as hashtags #yestomeat e #yes2meat.

Confira alguns tweets com a hashtag:

Meat is an essential human food, one that we have eaten since before we were even human.

An organized clan of global bureaucrats and vegans is trying to remove the option of eating meat from our food supply.

Don't let them.

Check out this hashtag for more: #yes2meat pic.twitter.com/TmOWmtm309

— P. D. Mangan Health & Fitness Maximalist 🇺🇸 (@Mangan150) January 14, 2019

Has someone ever told you cow farts are causing climate change? Watch this to get the facts on methane #ClimateFoodFacts #FactsNotFear #yes2meat pic.twitter.com/rpOFf3rUig

— North American Meat Institute (@MeatInstitute) January 17, 2019

https://twitter.com/snitramodranoel/status/1084927935205855235

As hashtags também alcançaram outras mídias, como Instagram e Facebook.

É o caso do médico, Ken D Berry, que publicou no Facebook:

“Se você é um carnívoro completo, ou um vegetariano que come ovos/queijo/ostras para obter nutrientes que não podem ser encontrados ou absorvidos pelas plantas. A carne é um alimento curativo e nutritivo.

Devemos honrar e cuidar dos animais que nos dão nutrição e saúde, e nunca abusar deles. A vida na Terra só vive através do sacrifício de outra vida, seja planta ou animal. Temos que ser adultos o suficiente para aceitar isso.

Há quem taxe e regule a carne para que ela se torne muito cara para a maioria de nós. Não podemos deixar isso acontecer. Use esta hashtag em todas as mídias sociais para mostrar que você sabe …

Comer carne nos torna humanos.

O que você acha??”

O médico lançou, inclusive, uma camiseta com a hashtag #yes2meat e está estimulando as pessoas a postarem fotos vestindo a camiseta:

Outras pessoas se manifestaram, como a médica Geordia Ede.

“Não há evidências intervencionistas que apoiam dietas à base de vegetais que não sejam confundidas por várias outras variáveis e muita ciência forte apoiando os riscos para a saúde de dietas à base de vegetais, bem como fortes evidências apoiando o requerimento de alimentos de origem animal na dieta humana.”

O médico brasileiro, Ricardo Schneider, defensor da dieta com baixo consumo de carboidrato, também se manifestou:

Clique aqui para ver todas as postagens com a hashtag #yes2meat no Facebook.

No Instagram, a hashtag também ganhou força. Confira abaixo algumas postagens:

https://www.instagram.com/p/Bs3EvDdglB1/

https://www.instagram.com/p/Bs2tchrgpcu/

Até o ex-jogador de beisebol, Alex Rodriguez, entrou na campanha:

https://www.instagram.com/p/Bs6qPIVgavc/

https://www.instagram.com/p/Bs6OrecA7le/

Clique aqui para ver todas as postagens com a hashtag #yes2meat no Instagram.

Fonte: https://www.politico.com, Instagram, Twitter e Facebook, traduzido e adaptado pela Equipe BeefPoint.