Crescente comércio de carne bovina da América do Sul tropeça por coronavírus
19 de fevereiro de 2020
Minerva Foods lucrou R$ 243 milhões no quarto trimestre
19 de fevereiro de 2020

Relatório do INAC mostrou que 18 de 25 frigoríficos uruguaios tiveram perdas em 2019

CHONBURI, THAILAND - JULY 9: Thai workers separate cut up chicken parts at the Thai Poultry Group (TPG) chicken processing and slaughtering factory July 9, 2005 in Chonburi, Thailand. The factory has 1,200 employees that are able to deal with 10,000 birds per hour at full capacity. However since Bird Flu outbreak, the processing plant has had to cut its production almost 40%. The Thai Poultry Group exports to European Union, Japan, Middle East, Hong Kong and South Korea. (Photo by Paula Bronstein/Getty Images)

Em uma reunião tripartida realizada quinta-feira entre a indústria frigorífica e a Federação dos Trabalhadores da Carne e Afins (Foica), um relatório sobre a atividade do setor nos últimos três anos foi apresentado pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTSS) , que confirmou a complexa situação atual vivenciada pelos frigoríficos uruguaios em termos econômicos e financeiros.

No caso, foi garantido pelo portfólio que 18 dos 25 frigoríficos em todo o país tiveram perdas no último ano. Segundo El Observador, as informações vieram de um relatório solicitado pelo MTSS ao Instituto Nacional da Carne (INAC).

Mais especificamente, o documento argumenta que apenas sete frigoríficos tiveram Ebitda positivo. O Ebitda é um indicador que não inclui despesas com juros, impostos, depreciação e amortização, a fim de refletir o resultado bruto de uma empresa antes de deduzir seus custos financeiros.

Da indústria, além de considerar os altos custos que a matéria-prima teve em 2019 – o gado atingiu preços recordes pela demanda chinesa – também foi discutido como o negócio de exportação de gado em pé afetou o setor. Essa posição é compartilhada pelo sindicato, embora haja algumas nuances.

Consequentemente, na reunião, a Câmara da Indústria Frigorífica levantou a possibilidade de assinar um contrato de 30 meses. Enquanto isso, da Foica, embora não compartilhe que toda a indústria em geral esteja em uma situação comprometida, foi esclarecido que “não haverá avanços nesses conselhos salariais”.

O secretário geral do sindicato dos trabalhadores, Luis Muñoz, disse ao El Observador que o que se pretende é a recuperação nos mesmos níveis da inflação, mantendo o salário real ou o poder de compra.

Muñoz considerou que as negociações terminarão entre abril e maio, dado que os acordos são geralmente de três anos. Se eles forem concluídos entre esses meses, os trabalhadores receberão o ajuste salarial retroativamente ao longo desses meses.

“O que nos interessa neste momento para os trabalhadores é não ter perdas nos empregos e não ter perda anual de salário”, afirmou.

Como uma combinação de más notícias, a queda na demanda por carne bovina da China nas últimas semanas se somou ao surto do coronavírus, que paralisou as exportações para esse destino, quando se esperava que o mercado recuperasse o dinamismo comercial uma vez que as celebrações do ano novo lunar tenham passado.

A situação levou as indústrias uruguaias a estarem em uma situação difícil, dado o peso superlativo do país como comprador de carne uruguaia (em 2019, era 60% do total). Essa situação impactou particularmente a indústria de carnes, com vários frigoríficos que tiveram que solicitar o reagendamento de pagamentos, porque as obrigações não puderam ser cumpridas no devido tempo e na forma devido à falta de liquidez.

O presidente da Associação dos Consignatários de Gado (ACG), José Pedro Aicardi, disse na semana passada que havia mais de uma empresa que solicitava que os intermediários reagendassem os pagamentos.

“Não é que a cadeia tenha sido cortada, foi solicitado o reagendamento dos pagamentos que implicam uma alteração de documentos e alguns foram adiantados. O problema deve ser tratado com cautela; É uma questão muito sensível para os produtores, para aqueles de nós no meio e para a indústria. Isso é consequência, basicamente, da extensão do final do ano chinês, onde tudo foi ampliado com o tema do coronavírus que tem impacto financeiro em tudo”, afirmou.

Em janeiro deste ano, o El Observador informou que no balanço encerrado em 30 de setembro de 2019, a segunda empresa em operação no Uruguai, a Minerva Foods, registrou uma perda de US $ 20 milhões nos três primeiros trimestres do ano. A multinacional de origem brasileira possui três fábricas no país (Frigorífico Carrasco, Pul e Canelones) e teve 17,4% do total da obra no ano passado.

==

PS:

Inscrições abertas para o AgroTalento 2020

O método simples e comprovado de você ter uma Fazenda Expressão: Lucro, Missão e Legado.

Clique no link abaixo!

Desconto especial para se inscrever hoje

Link: http://agrotalento.com.br/sim

Fonte: El Observador, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress