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Reino Unido teme aftosa por carne importada do Brasil

A indústria de carne bovina britânica está pedindo uma revisão dos riscos de doenças para o rebanho do Reino Unido através de importações regulares de carnes de países com problemas de febre aftosa. A Associação Nacional de Carne Bovina (National Beef Association – NBA) destacou especificamente o Brasil como potencial risco.

A NBA disse que está satisfeita que o Departamento de Meio-Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (Department of Environment, Food, and Rural Affairs – Defra) tenha financiado investigações qualitativas pela Agência de Laboratórios Veterinários (Veterinary Laboratories Agency – VLA) sobre os perigos da doença representados pelas importações legais, tanto de países de fora da União Européia (UE) como de Estados Membros do bloco.

“A VLA fez um relatório em julho de 2004 que examinou o risco específico representado pelas importações ilegais de produtos de origem animal de países de fora da UE”, disse a consultora política da NBA, Kim-Marie Haywood. “Mas embora a indústria de carne bovina do Reino Unido tenha sofrido abates massivos de bovinos durante a epidemia de febre aftosa de 2001 para retomar o status de livre da doença, tanto os supermercados como o Governo continuam estimulando as importações de carne bovina de países que têm zonas descritas como livres de febre aftosa, mas que não são realmente livres da doença”.

“A NBA está ciente dos riscos para o rebanho britânico das importações de animais domésticos e considera o Brasil, que representa 18% das importações do Reino Unido, um dos países da América do Sul que demanda grande atenção da VLA”.

“Cerca de 19.768 toneladas chegam diretamente do Brasil, que é dividido em zonas que são consideradas livre de febre aftosa e em zonas que não são”, disse Haywood. “Os responsáveis pela regulamentação internacional de doenças animais da Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) concordam que o mais elevado status de zonas de febre aftosa no Brasil, que é considerado livre da doença com vacinação, é menor do que o status não qualificado de livre de febre aftosa do Reino Unido e outros países da UE”.

“Cerca de um milhão de bovinos nas zonas livres de febre aftosa do Brasil não passam pela vacinação regular contra a doença, e é a importação da carne bovina desses animais que aumenta a chance de o vírus da febre aftosa chegar no Reino Unido. As importações do Brasil aumentaram 20% até agora neste ano e como são oriundas de animais criados e abatidos em zonas com menor status para a doença do que o do Reino Unido, os riscos de importação de febre aftosa são obviamente maiores”.

“Se os produtores de carne bovina do Reino Unido estão tendo uma atitude positiva com relação à saúde animal e controle de doenças, é imperativo que os varejistas e o Governo ajudem em seus esforços para minimizar os riscos de doenças como a febre aftosa entrarem no Reino Unido, de forma que a avaliação que está sendo feita pela VLA não podia vir em melhor hora”.

Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint

1 Comment

  1. José Francisco Ghignatti Warth disse:

    A informação de que um milhão de animais oriundos de zonas livres de Febre Aftosa não são vacinados não condiz com a realidade! Podemos dividir o Brasil em três regiões somente, assim distribuídas. a região do estado de Santa Catarina, considerado, livre de Febre Aftosa SEM VACINAÇÃO. E as outras duas assim compostas: Zonas livres de Febre Aftosa com vacinação (e nesta região imensa, estão localizados os maiores matadouros que visam a exportação de carne. E as demais, consideradas “Zonas Infectadas” localizadas em estados brasileiros que não possuem condições de exportação. Pelo texto acima, contendo informações sobre o risco que o U.K. terá na importação de carne de áreas livres (com vacinação) soa falso. Porque? Ora todos sabem que animais portadores do vírus, assim permanecem por períodos de 2,5 anos e não mais. Portanto, como não temos Febre Aftosa por mais de 10 anos, teoricamente não existem animais portadores nos campos brasileiros.
    Assim, o risco de exportar carne para o Reino Unido (U.K) infectada é muito baixo!
    Abraços a todos os leitores
    Prof. José Francisco Warth
    labmicro@ufpr.br

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