Reino Unido: produtor quer vacinar contra língua azul

Os produtores de carne bovina do Reino Unido estão pedindo por um programa de vacinação contra a doença da língua azul antes que a cepa BTV8 se espalhe ainda mais e cause mais danos econômicos e ao bem-estar animal.

Segundo reportagem do site MeatPoultry.com, a Associação Nacional de Carne Bovina (National Beef Association – NBA) do Reino Unido quer que o Governo, a Assembléia Escocesa, a Assembléia Galesa e a Comissão Européia se comprometam com um programa de vacinação o mais amplo possível.

A NBA disse que o BTV8 se disseminou no norte da Escandinávia, está se movendo a leste em direção à Polônia e agora está se disseminando na região oeste do Reino Unido desde que surgiu nos Países Baixos no ano passado.

“Já existem mais de 25 mil casos confirmados no norte da Europa”, disse o diretor da NBA, Kim Haywood. “Esta é uma doença que se dissemina através de mosquitos. Os inseticidas fornecem somente uma baixa proteção por um período de 24 horas. A doença prejudica a performance econômica e o único controle efetivo é a vacinação”.

Haywood disse que a vacinação precisa ser feita antes que o BTV8 retorne aos rebanhos bovino e ovino do Reino Unido no próximo verão.

De acordo com a NBA, é imperativo que seja feito um movimento pró-vacinação imediatamente. Os processadores não começarão a produção de vacina em larga escala a menos que os riscos comerciais sejam cobertos por uma política de vacinação totalmente aprovada.

Ele disse que as companhias farmacêuticas precisam de seis a oito meses para desenvolver uma vacina efetiva, adquirir licença e organizar a distribuição. Sendo assim, “não há tempo a perder”. Além disso, serão necessárias duas doses da vacina em todo o rebanho nacional para que a proteção seja adequada.

Somente o rebanho do Reino Unido requererá cerca de 30 milhões de doses além do que seria necessário para os ovinos. “Evidências sugerem que os animais são bastante afetados no segundo ano de disseminação do BTV e tanto a fertilidade como a produção são negativamente afetadas”, afirma Haywood.