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Reino Unido busca redução de emissão de carbono em toda a cadeia de carnes

O último capítulo do mapa de pegadas de carbono da produção de carne bovina e de cordeiro do Reino Unido, do English Beef and Lamb Executive (EBLEX), mostra que a redução nas emissões de carbono podem ser obtidos em toda a cadeia de fornecimento, da fazenda ao varejo.

O último capítulo do mapa de pegadas de carbono da produção de carne bovina e de cordeiro do Reino Unido, do English Beef and Lamb Executive (EBLEX), mostra que a redução nas emissões de carbono podem ser obtidos em toda a cadeia de fornecimento, da fazenda ao varejo.

Embora a maioria das emissões de gases de efeito estufa venha da fazenda – cerca de 90% segundo o estudo -, existem reduções que podem ser obtidas no setor de processamento e no setor varejista. O último estudo, que foi publicado nessa semana, expande os dois relatórios anteriores do EBLEX e aumenta as descobertas nas análises de ciclo de vida vistas nos projetos anteriores – Mudanças no Ar, publicado em 2009, e Testes na Água, publicado em dezembro de 2010.

O atual relatório, Down to Earth, reforça as descobertas do relatório Testes na Água. Nesse relatório, os resultados baseados em dados de 30 fazendas de bovinos e ovinos mostraram que houve um nível médio de emissões de CO2 equivalente de 11,93 quilos para bovinos e 11,95 quilos para ovinos por quilo de peso vivo. O último capítulo do estudo avaliou 131 fazendas de bovinos e 57 de ovinos. Em todas as unidades de bovinos, a calculadora de emissão de CO2 mostrou uma média de potencial de aquecimento global em 100 anos (GWP100) de 12,65 quilos de CO2 equivalente por quilo de peso vivo. Para ovinos, esse valor foi de 11,86 quilos.

As descobertas foram aproximadamente as mesmas de estudos menores anteriores, mostrando somente um leve aumento. Entretanto, as descobertas também mostraram uma grande disparidade entre as melhores fazendas, com menores produções de CO2, e as piores. Para bovinos, os piores casos tiveram produções de 29,7 quilos de CO2 equivalente e a melhor foi de apenas 3,02 quilos de CO2 equivalente. Para ovinos, a diferença foi levemente menor, com 19,71 quilos de CO2 equivalente no pior caso e 6,43 quilos de CO2 equivalente no melhor caso.

O relatório mostra, entretanto, que quanto menor as emissões de carbono, melhor a produção nas fazendas e maior a produtividade e potencial de lucro. As fazendas com melhor desempenho tiveram maiores ganhos de peso vivo diários e pesos na terminação o mais cedo possível. As fazendas com baixas emissões de carbono também tiveram pastos de boa qualidade ou uma ração de maior qualidade, com alta disponibilidade de energia metabolizável onde requerido, bem como o uso de subprodutos onde fosse adequado. Essas fazendas também tiveram uma alta produção por unidade de cria. Entretanto, as fazendas com alta emissão de carbono obtiveram ganho de peso vivo abaixo da média e menores pesos ao abate. Eles tiveram uma proporção de ração por quilo de carne produzida e uma menor produção por unidade de cria.

O corte nas emissões nas fazendas e a melhora nos métodos de produção ajudarão a reduzir a maioria das emissões na cadeia de fornecimento para a produção de carnes, mas mais economias podem ser feitas reduzindo os dejetos dos produtos animais. Em 2009, um estudo estimou que, no Reino Unido, havia um total de 87.000 toneladas de dejetos evitáveis na carne bovina e de cordeiro, incluindo carnes misturadas e miúdos nas casas. Mais economias podem ser obtidas através de um melhor tratamento do produto no processamento e distribuição, estendendo o prazo de validade e embalando melhor.

O último relatório também trouxe informações sobre seus importantes redes de supermercados do Reino Unido. As seis redes, Asda, Marks and Spencer, Sainsbury, Tesco, Morrisons e Waitrose, estão trabalhando com seus fornecedores para garantir melhorias na produção sustentável de carne.

Embora a maioria das informações dos varejistas se refira à investigação das reduções nas emissões de carbono de seus fornecedores, existe um benefício que pode ser obtido reduzindo os estragos nas lojas, reduzindo as embalagens, reduzindo os dejetos no processador e usando mais carcaça, enquanto aumenta o prazo de validade dos produtos e educa os consumidores na redução dos dejetos.

A reportagem é do Thebeefsite.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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