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Regiões Globais informam progresso da sustentabilidade da carne bovina

Quando a Mesa Redonda Global para a Carne Sustentável (GRSB) foi formada em 2012, os participantes rapidamente perceberam que as metas de sustentabilidade, práticas e medições precisariam refletir as diferenças regionais nos ambientes de produção de carne bovina. Práticas consideradas sustentáveis em ambientes tropicais podem diferir significativamente daquelas em regiões mais frias e vice-versa. Mesmo dentro de um país como os Estados Unidos, os ambientes de produção variam muito entre regiões, como o sudeste subtropical versus o oeste árido.

Um novo relatório emitido após a terceira Conferência Global da GRSB sobre Carne Sustentável, realizada na Irlanda no início de outubro, reflete as diferenças regionais e os relatórios sobre o progresso com base em metas e medições regionais.

A conferência atraiu participantes de mais de 20 países, e o relatório inclui descrições de iniciativas e progresso de mesas redondas regionais, incluindo Estados Unidos, Canadá, Austrália, Europa, Brasil, Argentina, Paraguai, Colômbia, Nova Zelândia e África do Sul.

Alguns produtores de carne bovina dos EUA continuam céticos sobre a GRSB, a Mesa Redonda Americana para a Carne Sustentável (USRSB) e a questão da sustentabilidade em geral. Grande parte desse ceticismo decorre de diferenças nas formas como vários grupos e indivíduos percebem e definem a “sustentabilidade” na agricultura.

Algumas facções ativistas veem a sustentabilidade estritamente em termos de conservação ambiental e favorecem as práticas de produção da era dos nossos avós. Felizmente, o GRSB reconhece que a sustentabilidade requer responsabilidade social e viabilidade econômica, juntamente com a solidez ambiental.

O grupo entende que as tecnologias modernas que melhoram as eficiências de produção podem reduzir a “pegada” ambiental da carne bovina, ao mesmo tempo em que atendem às expectativas da sociedade e, o que é importante, fornecem oportunidades para os lucros dos produtores e a viabilidade econômica. Eles também adotaram uma estratégia de medir e acompanhar a melhoria, usando métricas apropriadas para regiões individuais, em vez de estabelecer metas universais ou referências irrealistas.

Alguns produtores também se preocupam que a lista de membros inclua grupos ambientais como a National Wildlife Federation e World Wildlife Fund. Esses membros, no entanto, trabalharam de forma construtiva ao lado de organizações pecuárias, como a Associação Nacional dos Produtores de Carne Bovina e a Associação Canadense de Criadores de Gado. A lista de membros da GRSB também inclui empresas que fornecem insumos essenciais, como a Merck Animal Health, a Elanco, a Dow, a Bayer Animal Health e a Zoetis. A lista também inclui pesos pesados entre seus clientes, como McDonald’s, JBS, Cargill, Costco e outros.

Todas essas organizações enfrentam pressões públicas para demonstrar suas contribuições para cadeias de fornecimento sustentáveis. Essa tendência não mudará. Em 2018, a Mesa Redonda Canadense para a Carne Sustentável lançou seu Certified Sustainable Beef Framework, que permitirá um processo de certificação para a carne comercializada como sustentável. Em pouco tempo, poderíamos ver rótulos de carne bovina “produzidos através de cadeias de fornecimento sustentáveis verificadas” ao lado de “natural”, “orgânico” ou “criado sem hormônios ou antibióticos”.

Você pode não gostar, mas agora é um bom momento para começar a documentar práticas sustentáveis e estabelecer referências mensuráveis para demonstrar melhorias.

Clique aqui para conferir o relatório.

Fonte: AgWeb, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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