A região Sul do Brasil é líder no controle de tuberculose no país. Entre 2012 e 2017, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina sanearam 1.104, 1.519 e 769 focos, respectivamente. Os casos são resultado de uma ação rigorosa que inclui uma média anual de 240 mil testes no Rio Grande do Sul, 828 mil no Paraná e 165 mil em Santa Catarina. Infelizmente, o rigor do Sul não se reflete no resto do Brasil. O tema foi alvo de reunião da Aliança Láctea realizada nesta quinta-feira (9/8), na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS).
“Isso não quer dizer que estamos infestados da doença. Mas que aqui se faz um controle que não existe em outras regiões”, reforçou o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, Inácio Kroetz. Segundo ele, só os três estados do Sul utilizam mais testes do que todos o restante do território nacional. Além disso, entende-se que os exames realizados no Sul são mais rigorosos. Frente a essa realidade, os estados debatem estratégias de enfrentamento conjunto, que passam, inclusive, por reavaliar a vacinação dos rebanhos.
Segundo o gerente de saúde animal da Agência de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura do Paraná, Rafael Dias, o Programa Nacional de Controle de Tuberculose enfrenta dificuldades para avançar no Brasil, principalmente pela baixa testagem em outras regiões do país. Um dos agravantes para esse quadro é o déficit da produção de antígenos para os exames. “O programa vive um momento crítico no país”, reforçou.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sindilat.