Empreendedores e figuras conhecidas impulsionam mercado de orgânicos no Brasil
4 de abril de 2018
Congresso derruba veto parcial do Funrural
4 de abril de 2018

Rede ILPF será apresentada em Brasília buscando alavancar projetos de integração lavoura-pecuária-floresta

Com o objetivo de impulsionar o uso de tecnologia no campo, uma nova associação, a Rede ILPF, será apresentada hoje em Brasília. O foco da entidade será a captação de recursos para alavancar projetos de integração lavoura-pecuária-floresta no agronegócio brasileiro. A ideia é atrair bancos e empresas capazes de fomentar mais pesquisas da Embrapa na área, por meio de linhas de crédito acessíveis aos produtores.

Formada inicialmente pela própria Embrapa, pelas multinacionais John Deere (máquinas agrícolas) e Syngenta (sementes e defensivos), pela Sementes Oeste Paulista (Soesp) e pela cooperativa paranaense Cocamar, a Rede ILPF inaugura suas atividades com uma parceria firmada com o Bradesco, que estuda criar uma linha de crédito nos moldes do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Mas a entidade também já conversa com o Banco do Brasil, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e também com a agência de cooperação alemã GIZ.

Criado em 2011, o ABC, que conta com recursos do BNDES a juros subsidiados, financia práticas agropecuárias sustentáveis como o aproveitamento de pastagens degradadas, para a emissão de gases de efeito estufa. Mas o programa tem dificuldades para atrair um número maior de produtores..

O presidente do Conselho Gestor da Associação Rede ILPF, Renato Rodrigues, explica que o grupo já opera desde 2012 como uma rede, e que as contribuições de seus integrantes somavam R$ 2 milhões por ano. Mas um dos objetivos da entidade é ser mais flexível. Nesse sentido, quer desenvolver com bancos parceiros uma linha de financiamento mais acessível e menos burocrática destinada a agricultores e pecuaristas.

“O modelo de integração lavoura-pecuária-floresta tem se mostrado eficiente no país e deu uma arrancada nos últimos cinco anos. Mas, para ganhar escala, precisamos de melhor acesso a crédito e assistência técnica”, diz Rodrigues.

A associação também se reservou a difícil tarefa de tentar ampliar a área total plantada com algum tipo de sistema integrado agropecuário no Brasil, dos atuais 14,6 milhões de hectares para 19,3 milhões até 2020. A meta consta dos compromissos ambientais assumidos internacionalmente pelo país.

Fonte: Valor Econômico, adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress