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Receitas com as exportações de commodities disparam

As receitas brasileiras com a exportação de commodities dispararam. Demanda mundial maior e elevação dos preços garantiram avanço de 59% nas receitas do primeiro primeiro semestre em relação a 2010. As 26 maiores exportadoras de commodities do Brasil, incluindo mineração e agronegócio, venderam US$ 41 bilhões até junho, ante US$ 25,8 bilhões em 2010. O cenário para os próximos meses, principalmente no caso das carnes, continua favorável. Demanda, preços e o potencial brasileiro são decisivos na busca por novos mercados.

As receitas brasileiras com a exportação de commodities dispararam. Demanda mundial maior e elevação dos preços garantiram avanço de 59% nas receitas do primeiro primeiro semestre em relação a 2010. As 26 maiores exportadoras de commodities do Brasil, incluindo mineração e agronegócio, venderam US$ 41 bilhões até junho, ante US$ 25,8 bilhões em 2010.

As mineradoras somaram US$ 23 bilhões, salto de 79%. A Vale, líder do ranking, quase dobrou sua receita. Exportou US$ 15,1 bilhões, contra US$ 7,8 bilhões no primeiro semestre de 2010. Com o bom desempenho do setor, o Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) revisou para US$ 43 bilhões as exportações do ano, 22% mais do que em 2010.

Já as agrícolas obtiveram US$ 18 bilhões, com alta de 39%. Entre as commodities agrícolas, um dos destaques fica para as carnes. Apesar do dólar desvalorizado, as exportadoras tiveram a seu favor a valorização internacional do produto, que foi recorde.

A JBS exportou US$ 1,3 bilhão no semestre, com aumento de 126% em relação a igual período de 2010. A recuperação do setor, que vem ocorrendo desde 2009, somada ao maior volume e aos melhores preços, permitiram a evolução, afirma Jeremiah O´Callaghan, diretor de relações com investidores da companhia. O diretor da JBS diz que boa parte dessa evolução veio dos mercados do Oriente Médio, da Rússia e da Ásia.

Ricardo Florence dos Santos, diretor de planejamento e de relações com investidores da Marfrig, diz que esse comportamento das exportações é resultado também de melhorias internas. Apesar de ser um ano difícil, devido ao câmbio e à alta dos grãos, as empresas do grupo buscaram eficiência e sinergia. A diversidade do grupo em proteínas permite o aumento das exportações e a entrada em novos mercados, segundo ele. A Seara Alimentos obteve receitas 72% maiores neste ano em relação ao primeiro semestre de 2010. Seara e Marfrig exportaram US$ 1,3 bilhão no primeiro semestre.

Outras duas gigantes do setor (Sadia e BRF Brasil Foods S.A.) tiveram evolução menor nas receitas neste ano (14% e 19%, respectivamente), mas somaram US$ 2,4 bilhões.

A Cosan Açúcar e Álcool exportou US$ 484 milhões no período e obteve o maior aumento percentual entre as empresas do setor: 605%. A liderança em receitas no setor do agronegócio fica para as grandes tradings – Bunge, Cargill e ADM -, favorecidas pela safra recorde de grãos e pelos preços externos. As empresas de papel e celulose também aumentaram suas receitas, mas com taxa inferior à média do setor.

O cenário para os próximos meses, principalmente no caso das carnes, continua favorável. Demanda, preços e o potencial brasileiro são decisivos na busca por novos mercados, avaliam Florence e O´Callaghan.

A matéria é de Mauro Zafalon, publicada na Folha de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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