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Rebanho bovino do norte aumentou mais de 72% na última década e meia

O rebanho bovino na região Norte chegou a experimentar um aumento ligeiramente superior a 72% na última década e meia, aproximando-se de 43,9 milhões de cabeças no ano passado, informa Alexandre Figliolino, diretor de agronegócio do Itaú BBA, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da consultoria Agroconsult. Desde 2000, o plantel de bovinos na região registrou um acréscimo de 18,4 milhões de cabeças, em grandes números, respondendo praticamente por todo o avanço acumulado pela pecuária no restante do país.

Apenas para comparação, o rebanho brasileiro aumentou menos de 10% entre 2000 e 2014, evoluindo de 189,9 milhões para 208,6 milhões de animais. “Apesar do avanço da soja no Norte, a pecuária de corte ainda é uma atividade econômica importante e, neste ano, deverá ser responsável por quase metade do valor bruto da produção agropecuária regional”, observa Figliolino.

O tamanho do rebanho teve crescimento mais vigoroso, no entanto, ainda na primeira metade da década de 2000, com salto de 62,7%, de 25,5 milhões (14% do rebanho brasileiro) para 41,5 milhões de animais, passando a responder por um quinto do plantel nacional (ou 21%). Entre 2005 e o ano passado, o avanço ficou limitado a 5,8%, diante de virtual estagnação do rebanho brasileiro.

O forte incremento da pecuária no Norte, observa Gustavo Aguiar, zootecnista e consultor da Scot Consultoria, ocorreu nas décadas de 1970 e 1980, com os programas do governo federal para expansão da fronteira agrícola e ocupação da Amazônia. Numa fase mais recente, a expansão foi motivada pelo preço baixo das terras. “A expansão deu-se de forma horizontal na região Norte, com exploração extensiva da pecuária de corte e baixos índices de produtividade e eficiência”, analisa Aguiar.

Um levantamento mais recente do TerraClass, realizado em 2012 e divulgado no fim do ano passado, mostra uma redução de 3,7% nas áreas desmatadas com a presença de pastagens na Amazônia Legal de 459,467 mil km2, em 2010, para 442,403 mil km2, o que significou 17,064 mil km2 a menos, ou pouco mais de 1,7 milhão de hectares. A participação dos pastos na área total desmatada na região recuou ligeiramente de 62% para 58,9%, refletindo uma possível tendência de maior tecnificação da atividade, com intensificação da criação de bovinos, sugerem Aguiar e Figliolino.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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