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Rastreabilidade do gado aumenta renda

A rastreabilidade vem ganhando mais espaço na cadeia produtiva da carne. Com um mercado externo aquecido alguns fatores podem atribuir maior valor à produção e renda aos pecuaristas.

Segundo o USDA, serão comercializadas 11 milhões de toneladas em 2020. O Brasil é o líder em exportações e deve superar 2 milhões de toneladas este ano. A China é o principal comprador com 57% das aquisições mas outras oportunidades podem vir da União Europeia, mercado com maior valor agregado por tonelada.

O uso da certificação da produção pode fazer a diferença para este mercado tão exigente. Flaviana Bim, especialista em certificação do GenesisGroup, explica que, para a rastreabilidade, o produtor deve atender às normas do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (SISBOV). Com isso a arroba do gado abatido que atende às especificações para exportação ao mercado europeu tem valorização imediata. Dependendo do momento do mercado e das regras do frigorífico, a arroba pode valer até R$ 5 a mais.

O sistema certifica a propriedade e identifica individualmente o rebanho, exigência da UE. O pecuarista pode rastrear a origem e o destino dos animais, fazendo todo o controle dos animais e dos dados. “Ele ainda pode adotar uma cultura de registro de dados em sua propriedade, com informações que irão lhe auxiliar no monitoramento de ganho de peso, origem de fornecedores, custo individual por cabeça, controles de insumos e vacinas utilizados, proporcionando maior segurança e controle a todos os envolvidos no processo produtivo”, destaca Flaviana.

Só podem exportar carne bovina à União Europeia as propriedades que constam na chamada Lista Trace. Atualmente, somente cerca de 1.400 fazendas têm essa certificação. São normas rigorosas que atestam a qualidade e procedência do produto. “Fazer a identificação do gado mostra ao mundo que o Brasil tem condições de produzir alimentos de qualidade e que cumprem todas as normas sanitárias e ambientais exigidas”, ressalta a especialista.

Os pecuaristas que desejam se cadastrar no SISBOV devem buscar uma certificadora credenciada pelo MAPA. O tempo médio para obter a habilitação da propriedade na Lista Trace varia de três meses (para animais criados em confinamento ou propriedades mistas) a quatro meses (para propriedades que fazem manejo a pasto), prazo este que pode ser reduzido ou aumentado de acordo com a disponibilidade de Auditores Fiscais Agropecuários disponíveis por UF. O gasto médio com a identificação de rebanho também pode variar: de R$ 7 a R$ 12 por animal.

Fonte: Agrolink.

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