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22 de outubro de 2013
Somos pecuaristas, mas na verdade, trabalhamos com a terra; produzimos plantas! – André Bartocci
22 de outubro de 2013

Rastreabilidade: adesão é baixa, visto que apresenta custos e é voluntária – Alexandre Bastos

Atualmente, a certificação de bovinos do governo federal é voluntária e aplicada em apenas 153 fazendas gaúchas, em um universo de 370 mil propriedades. No país, são 1.687 propriedades habilitadas – 0,5% do total.

A adesão é baixa, visto que a rastreabilidade tem custos. E, por ser voluntária, muitos produtores acabam preferindo não investir, aponta Alexandre Bastos, coordenador do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov).

A identificação por meio de um brinco fixado na orelha do animal é o primeiro passo, explica Bastos. Para se chegar a certificação, no entanto, o caminho é mais trabalhoso e também custoso. Foi a falta de entendimento e clareza em relação a essas etapas que acabou frustrando a tentativa recente do governo estadual em instituir a obrigatoriedade da identificação dos terneiros que viessem a nascer a partir de janeiro de 2014.

“Não somos contrários à rastreabilidade, desde que não crie obrigações para o produtor que ele não possa cumprir” — avalia Carlos Speroto, presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

Novo projeto de lei deve ser apresentada ainda neste ano

Na semana passada, o Estado retirou o projeto da Assembleia Legislativa com a promessa de reapresentá-lo ainda neste ano. Uma das possibilidades negociadas com o setor é instituir a identificação por adesão, inicialmente, e após de forma obrigatória.

“Estamos buscando uma solução para estabelecer um programa de rastreabilidade eficiente no Estado” — destaca o secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi.

Pela proposta do governo, os produtores não teriam custos com a identificação (brinco e taxa de certificação). O restante, seria por conta do pecuarista. Mas, quem se antecipou ao implantar a rastreabilidade garante: os investimentos são recompensados. Com duas fazendas em Dom Pedrito, o produtor Luis Olavo Almeida de Salles tem todo o rebanho de 4,5 mil animais rastreado há seis anos.

“O envolvimento é muito grande, desde a colocação dos brincos até o manejo e controle” — garante Salles.

O gado rastreado pelo pecuarista, nas estâncias de São Pedro e Santa Luisa, é vendido para frigoríficos com um prêmio de até R$ 100 por cabeça.

“O sistema de rastreabilidade exige um trabalho redobrado. Mas o retorno é maior, não há dúvidas” — resume o produtor.

Veja o número de fazendas gaúchas que já aderiram ao monitoramento e controle de seus rebanhos bovinos

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Fonte: Jornal Zero Hora, caderno Campo e Lavoura, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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