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Racionamento de água no Sudeste provocaria perdas bilionárias à agropecuária

Um eventual racionamento de água no Sudeste, região que responde por cerca de 50% da receita bruta da agropecuária do Brasil, poderia resultar em perdas de bilhões de reais ao setor no caso de uma restrição hídrica de consumo de 10% em 12 meses, segundo cálculo divulgado nesta segunda-feira pela consultoria GO Associados.

O Sudeste, que consome 56% dos mais de 10 trilhões de litros de água usados anualmente pelo Brasil, poderia registrar uma queda anual de R$ 22,5 bilhões na receita agropecuária, para R$ 202,5 bilhões. A receita anual de agropecuária brasileira encolheria em 5% e o PIB da agropecuária em cerca de 2%.

Embora não exista um racionamento declarado no Sudeste, a Sabesp vem trabalhando no Estado de São Paulo com uma série de medidas buscando evitar o esgotamento de importantes reservatórios, como a redução da pressão da água.

Boa parte da água consumida na agricultura, no entanto, não passa por sistema de tratamento convencional, sendo retirada diretamente pelas propriedades agropecuárias dos rios, por exemplo.

Segundo fontes estatais e internacionais citadas pela GO, como a Faostat, das Nações Unidas, o sistema de irrigação agrícola do Brasil consome 7,3 trilhões de litros de água/ano, respondendo por 72% do consumo total, sendo que a pecuária (bovina, frango e suína) consome 1 trilhão de litros de água/ano, ou seja, 10% do consumo total. O consumo urbano responde por 10% do total, enquanto o indústria pelos outros 7%.

Considerando somente o Sudeste, a agropecuária da região mais rica do país consome cerca de 5 trilhões de litros de água/ano, ou 88% do consumo da região, ou 50% do consumo total do país.

Fonte: Reuters, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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