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Rabobank: Rebanho dos EUA continuará aumentando até 2020

A expansão do rebanho bovino não diminuirá tão cedo, de acordo com os analistas do Rabobank, que estão projetando crescimento de 1,6% a 2,2% no rebanho nos próximos dois a três anos.

O Rabobank publicou recentemente o relatório de longo prazo sobre o setor pecuário dos EUA, que descreve como a expansão da produção de carne aumentará a necessidade de exportação. Don Close, analista sênior de proteína animal e Sterling Liddell, analista sênior de análise de dados, foram os autores do relatório para RaboResearch Food & Agribusiness.

O rebanho bovino dos EUA esteve em fase de expansão a partir de 2014, após vários anos de declínios que começaram em 1995. A queda mais dramática no número de bovinos ocorreu em 2011-12 após a seca generalizada nos EUA, e especialmente nas Planícies do Sul, forçando reduções massivas do rebanho.

Close e Liddell esperam que a reconstrução d rebanho continue em 2019-20, uma vez que os preços do milho permanecem baixos, o consumo de carne per capita aumenta e a demanda de exportação ajuda a tornar a retenção de novilhas mais promissora.

Em algum ponto entre 2020 e 2025, os analistas do Rabobank esperam que o aumento da oferta de carne bovina e de aves cause uma pressão negativa sobre os preços, tornando difícil para os produtores justificar a retenção de mais novilhas de reposição.

“Na próxima fase de liquidação, que começa em 2020-21, projetamos uma probabilidade de 75% de que o rebanho permanecerá em ou acima de 30 milhões de cabeças durante o período de projeção”, escreveram Close e Liddell.

O Rabobank só espera que o abate seja mais intenso durante o período 2021-25 se ocorrer uma seca extrema, semelhante à de 2011-12.

Mais vacas significa mais bezerros no futuro e o Rabobank espera níveis de produção recordes em 2022.

“O crescimento renovado da produção de carne bovina está levando as coisas a um ponto de ruptura, onde os EUA precisarão superar a barreira de exportação de 10% da produção.”

Atualmente, em 2017, as exportações de carne representam 10,7% da produção. Até o final do ano, as exportações deverão atingir 11,4% da produção.

O consumo doméstico cresceu recentemente, após o consumo per capita cair para pouco acima de 24,5 quilos em 2015. No ano passado, o consumo interno aumentou em 3%, para 25,17 quilos per capita. O consumo nos EUA deverá alcançar 26,3 quilos per capita, aproximadamente um aumento de 4-5%.

Com o consumo interno não sendo capaz de acompanhar os aumentos de produção, as exportações se tornarão mais importantes e as importações devem permanecer mais baixas.

Uma classe média crescente na China e no Sudeste Asiático está adicionando mais proteína às suas dietas, o que deve ajudar na mudança das exportações de carne bovina.

O Rabobank está projetando que os EUA serão exportadores líquidos de carne bovina de 2017 a 2025. Por causa da maior exportação de carne bovina, os produtores dos EUA podem esperar mais volatilidade no futuro.

Fonte: Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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