Marfrig fecha acordo com associação no Paraguai que prevê investimento de US$100 mi
4 de setembro de 2020
EUA e Canadá: Produção de carne bovina em recuperação
4 de setembro de 2020

Rabobank lança relatório sobre impactos pontuais e efeitos estruturais da COVID-19 no agronegócio brasileiro

O Rabobank acaba de publicar o estudo AgriFocus – Redefinindo o futuro: impactos pontuais e efeitos estruturais da COVID-19 no agronegócio brasileiro.

Dentre os principais impactos em 2020 decorrentes da pandemia do coronavírus, destaca-se o choque negativo na demanda. Nesse caso, um fator inédito para alguns produtos, como açúcar e milho, que tradicionalmente mantém trajetória de crescimento, em menor ou maior escala, ano após ano. Apesar disso, vale ressaltar que grande parte das commodities agrícolas mostrou resiliência em relação aos impactos econômicos sobre o consumo por estarem relacionadas ao setor de alimentos que, em linhas gerais, tende a ser menos elástico aos efeitos da pressão sobre a renda populacional. 

O grande ponto é que o cenário que se desenhava no início desse ano, teve mudanças que fizeram necessárias revisões nas estimativas para 2020. No caso do complexo de grãos e açúcar nota-se pela figura 1, que as projeções de consumo global para 2020 tiveram revisões para baixo, em sua maioria entre 0,5% e 2,0%, considerando o que se estimava em janeiro desse ano (anterior à pandemia) e as perspectivas recentes de julho. No caso da soja, por exemplo, a demanda mundial projetada no início desse ano era de 350,1 milhões de toneladas em 2020. Atualmente, essa projeção foi revisada em 0,5% para baixo e é estimada em 348,4 milhões de toneladas. Nesse mesmo comparativo, o açúcar também apresentou uma revisão negativa de 2,7% de 184,4 milhões de toneladas para 179,4 milhões de toneladas nesse mesmo período. 

Impactos mais significativos puderam ser observados no algodão, cuja estimativa no início desse ano era que o mundo consumisse 26,2 milhões de toneladas de pluma em 2020. Já no último relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), a projeção foi revisada para 22,3 milhões de toneladas, ou seja, retração de 15% nas perspectivas de demanda mundial para esse ano. No caso do algodão ressaltam-se que, além dos impactos econômicos pressionando a renda do consumidor e, consequentemente, a demanda na ponta final por tecidos, medidas de distanciamento social para conter o avanço do vírus resultaram em fechamento de indústrias têxteis e lojas de roupas em todo o mundo.

Fonte: Rabobank.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress