As condições pouco favoráveis das lavouras de milho na região Centro-Oeste tendem a manter a pressão sobre as margens dos pecuaristas que utilizam o grão no confinamento. Nesse contexto, é menos provável que os preços do milho recuem a ponto de recompor a rentabilidade dos pecuaristas.
De acordo com o sócio da Agroconsult, André Debastiani, a consultoria trabalhava com um cenário de preços estáveis, com o grão próximo de R$ 40 por saca. “Mas agora, com a confirmação de quebra de safra, você fomenta o preço do milho”. No acumulado de 2016, o indicador Esalq/BM&FBovespa para o milho em São Paulo registrou valorização de 43,8%, a R$ 52,97 por saca.
Para Debastiani, a quebra da safra de milho foi um risco assumido pelos agricultores, uma vez que o plantio do cereal ocorreu mais tarde do que o habitual devido ao atraso na colheita de soja.
Segundo ele, é normal plantar milho até fevereiro, mas neste ano houve plantio até o fim de março. Como o clima não ajudou, houve quebra de safra. A quebra da safra de milho pode, inclusive, dificultar o abastecimento e afetar os produtores que estão ingressando no sistema de confinamento pasto.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.