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Quatro razões mais comuns pelas quais as empresas familiares falham

Family with three children (3-9) walking on muddy road, cows in background, rear view

Muitas das empresas mais bem sucedidas do mundo são geridas por famílias multigeracionais. Walmart, BMW e Samsung são três exemplos proeminentes. Mas enquanto mais de 70% das empresas australianas são familiares, apenas 30% sobrevivem à transição da primeira para a segunda geração e apenas 12% chegam à terceira geração.

O que acontece com as empresas familiares que as tornam tão suscetíveis ao fracasso? Os motivos são variados, mas existem alguns temas comuns que acometem à maioria. Aqui está uma lista de quatro desses temas, juntamente com dicas para ajudar a garantir que o negócio da família prospere de uma geração para a próxima.

1. Os herdeiros não recebem educação financeira

Muitas crianças nascidas em um ambiente de riqueza estão mal preparadas para administrar o dinheiro devido à falta de educação financeira de seus predecessores. Isso resulta em uma tomada de decisões precária e coloca o capital da família em grande risco. Famílias que também não conseguem nutrir um senso de responsabilidade, história e valores familiares nas gerações vindouras, em última instância, falham em seus negócios.

Dica:

Eduque sua próxima geração sobre patrimônio e gestão financeira responsável o mais cedo possível. Proteja o patrimônio familiar insistindo em acordos pré-matrimoniais e separação de bens pessoais e familiares.

2. Uma cultura de nepotismo

As famílias que continuam promovendo parentes não qualificados em cargos de poder, simplesmente porque são membros da família fundadora, também estão em um caminho acelerado para o fracasso.

Dicas:

Profissionalize o negócio através do estabelecimento de padrões de emprego para funcionários familiares e não familiares. Desenvolva uma política familiar de emprego empresarial que delineie claramente o seguinte:

– Como um membro da família obtém um emprego no negócio (ou seja, eles seguem um processo normal aplicável?);

– Que experiência eles precisam;

– Como são remunerados;

– Descrições de trabalho detalhadas; e

– Informações relativas a avaliações de desempenho anuais.

Ao fazer isso, você pode achar útil usar benchmarks da indústria para ajudá-lo a estabelecer papéis e expectativas claras, particularmente em relação ao salário.

3. As disputas persistentes de planejamento de sucessão

A grande maioria das empresas familiares encontra dificuldades quando se trata de planejamento de sucessão. De acordo com a Pesquisa de Empresas Familiares de 2016 do National Bureau of Economic Research, 43% das empresas familiares não possuem planos de sucessão.

Muitos líderes da geração atual também estão atrasando a aposentadoria enquanto lutam com a realidade de deixar seus negócios nas mãos de outra pessoa – esperando que essa seja capaz. Isso agrava ainda mais o problema do planejamento de sucessão à medida que uma doença inesperada ou morte súbita representa um risco real para o negócio e a saúde financeira da família.

Dicas:

Comece um planejamento de sucessão agora. Se você pretende treinar um sucessor interno ou trazer gerentes externos, o planejamento de sucessão adequada leva anos. Se você deseja realmente garantir que sua empresa sobreviva após a transição ou a morte, é fundamental que comece a estruturar as bases antes.

Certifique-se de que não confunda o planejamento imobiliário com o planejamento de sucessão também.

4. Falta de estrutura de governança familiar

Muitas famílias relutam em abordar questões de governança, porque as obriga a enfrentar a possível necessidade de mudanças importantes na forma como gerenciam seus negócios. Estruturas de governança formalizam exatamente quem faz o que e como, mas também fornecem uma linha distinta entre família e negócios. Sem governança familiar, é fácil ser vítima de problemas internos de discórdia e de propriedade.

Dica:

Proteja seu negócio instituindo governança formal e estruturas de propriedade que separem claramente o controle familiar da gestão diária do negócio.

Considere trazer gerentes profissionais para administrar o negócio, mantendo participações de propriedade para sua família. Muitas empresas familiares multigeneracionais bem-sucedidas fazem isso, pois permitem concentrar-se na diversificação e gerenciamento de seu patrimônio, além de facilitar a navegação nas transições geracionais.

O artigo é de David Harland, consultor em negócios familiares, para o SmartCompany, traduzido e adaptado pela Equipe BeefPoint.

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