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Qual o tempo de viabilidade de polpa cítrica peletizada em boas condições de armazenagem?

Qual o tempo de viabilidade de PCP em boas condições de armazenagem? Já notei, em minhas observações, pessoais, que o uso de uma boa quirera de milho gera resultados na engorda de novilhos, semelhantes a de milho moído. Minha observação tem fundamento? O que é milho laminado?

Estas são algumas perguntas do fórum de debates do curso online Subprodutos para ruminantes - estratégias para reduzir o custo da alimentação, respondidas pela instrutora do curso, Marina Arruda Camargo Danés, engenheira agrônoma formada pela ESALQ/USP, especializada em produção e nutrição de ruminantes, e atualmente mestranda em Ciência Animal e Pastagens pela mesma universidade.

Qual o tempo de viabilidade de PCP em boas condições de armazenagem? Já notei, em minhas observações, pessoais, que o uso de uma boa quirera de milho gera resultados na engorda de novilhos, semelhantes a de milho moído. Minha observação tem fundamento? O que é milho laminado?

“Em boas condições de armazenamento (lugar seco, ventilado, protegido de umidade) a polpa cítrica peletizada pode ser mantida por 6 meses sem perder qualidade. Mas é muito importante que se faça monitoramento freqüente do material para verificar aumento de temperatura.

O processamento do milho é uma ferramenta utilizada para aumentar a superfície de contato do grão e com isso propiciar melhor contato com bactérias do rúmen e enzimas digestíveis, aumentando assim a digestibilidade do alimento. Dessa forma, o milho moído fino costuma propiciar melhor desempenho que o milho mais grosseiro, como a quirera. Entretando, com desempenhos medianos, muitas vezes não são observadas respostas ao processamento por não ser essa a limitação da dieta.

A laminação do milho é uma forma de processamento, na qual o grão é submetido a uma prensagem entre dois rolos e equivale a uma moagem grosseira na melhoria da digestibilidade do milho. “

Em uma propriedade que assisto, há simultâneamente produção de leite e um pomar para produção de tangerinas, que nesta época do ano atinge a produção máxima. Gostaria de saber se poderia utilizar tangerinas in natura na dieta das vacas, aproveitando alguns preceitos da polpa cítrica e se há alguma restrição neste tipo de dieta?

“Não conheço nenhum dado de análise bromatológica de tangerina in natura. Entretanto, pelas características da fruta, podemos sugerir que ela apresenta um elevado conteúdo fibroso (composto pela casca e bagaço) e um alto teor de açúcar (proveniente do suco). Mas baseando-se apenas nisso, acho um pouco ousado adaptarmos recomendações da polpa cítrica para o uso da tangerina in natura. Talvez fosse interessante coletar uma amostra e mandar para uma análise bromatológica, se seu potencial de disponibilidade da fruta for significativo.

Não há nada na composição da tangerina que possa provocar restrições alimentares. Deve-se atentar, porém, à presença de frutos podres, que podem carregar elevadas quantidades de fungos e outros patógenos, e estes sim, serem prejudiciais aos animais.”

A adição de polpa cítrica às silagens deve ser feita com base na MS(%)? Ajustar para 30 – 35% de MS?

“A adição de polpa cítrica à silagem deve ser feita sim com base na matéria seca do material ensilado. Para capim fresco, por exemplo, com um teor de MS por volta de 20%, cada tonelada ensilada terá 200 kg de MS e a adição de polpa deve ser calculada em cima desse valor. O ajuste deve ser feito para 30 a 35% de MS final na silagem.

Gostaria de salientar que é necessário fazer um estudo da viabilidade econômica dessa tecnologia, uma vez que os valores de polpa cítrica são muito variáveis. Com os valores atuais, por exemplo, passando dos R$ 400,00/ton em várias regiões, talvez a polpa não seja a opção mais interessante de aditivo na silagem.”

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Estas são algumas perguntas do fórum de debates do curso online Subprodutos para ruminantes – estratégias para reduzir o custo da alimentação, respondidas pela instrutora do curso, Marina Arruda Camargo Danés, engenheira agrônoma formada pela ESALQ/USP, especializada em produção e nutrição de ruminantes, e atualmente mestranda em Ciência Animal e Pastagens pela mesma universidade.

Neste curso, serão abordados 7 subprodutos: polpa cítrica, farelo de glúten de milho, subprodutos do algodão, resíduo de cervejaria, subprodutos da mandioca, farelo de trigo e casca de soja.

Além disso, será destacado o porquê de se utilizar subprodutos e como utilizá-los com eficiência para reduzir o custo da dieta, sem comprometer o desempenho animal.

Se você quer ter acesso aos seis módulo desse curso, que teve inicio no dia 22 de julho, para tirar suas dúvidas sobre outros assuntos referentes a alimentação de vacas em lactação, inscreva-se!

Conheça a programação deste curso online e participe!

Subprodutos para ruminantes – estratégias para reduzir o custo da alimentação

0 Comments

  1. eduardo bueno de camargo disse:

    A polpa citrica se usada na alimenação de vacas leiteiras em produção não acidifica o leite?

  2. Carlos Roberto disse:

    Gostaria de saber onde posso adquirir no estado de Sao Paulo,  polpa cítrica de boa qualidade?

    Obrigado

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