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27 de julho de 2007
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31 de julho de 2007

Protocolos de IATF em vacas de corte I: efeito da administração de GnRH na IA e do momento da inseminação (48h vs 54h)

A estação de monta para o gado de corte deve se iniciar dentro de alguns meses. Conforme discutido em artigos anteriores, o uso de protocolos hormonais que permitem a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) associado ao uso de touros para o repasse aumenta a porcentagem de animais prenhes no início da estação de monta. Devido ao grande volume de animais que normalmente são inseminados no mesmo dia, existe a necessidade do desenvolvimento de tratamentos hormonais que sejam versáteis de modo a facilitar a rotina dos procedimentos de inseminação em tempo fixo nas fazendas de corte. Desta maneira, estarei apresentando alguns resultados de pesquisas relacionadas ao assunto. Serão discutidos 2 experimentos, ambos com o objetivo de avaliar o efeito do momento da inseminação artificial após a retirada de implantes auriculares de norgestomet, e do tratamento com GnRH no momento da IA em vacas de corte lactantes.

A estação de monta para o gado de corte deve se iniciar dentro de alguns meses. Conforme discutido em artigos anteriores, o uso de protocolos hormonais que permitem a inseminação artificial em tempo fixo (IATF) associado ao uso de touros para o repasse aumenta a porcentagem de animais prenhes no início da estação de monta. Devido ao grande volume de animais que normalmente são inseminados no mesmo dia, existe a necessidade do desenvolvimento de tratamentos hormonais que sejam versáteis de modo a facilitar a rotina dos procedimentos de inseminação em tempo fixo nas fazendas de corte.

Desta maneira, estarei apresentando alguns resultados de pesquisas desenvolvidas pelo grupo de pesquisa do Prof. Dr. Pietro Baruselli relacionadas ao assunto. Serão discutidos 2 experimentos (Experimento I: Ayres et al., 2006a; Experimento II: Ayres et al., 2006b), ambos com o objetivo de avaliar o efeito do momento da inseminação artificial após a retirada de implantes auriculares de norgestomet, e do tratamento com GnRH no momento da IA em vacas de corte lactantes. Ainda, o Experimento I foi realizado com o uso de dispositivos auriculares novos e o Experimento II foi realizado com o uso de dispositivos previamente utilizados por 9 dias.

Experimento I:

“Efeito do momento da inseminação e do tratamento com GnRH na IATF sobre a taxa de concepção de vacas de corte lactantes sincronizadas com crestar® e valerato de estradiol” – dispositivo auricular novo.

Neste estudo, foram utilizadas 274 vacas de corte lactantes (Bos indicus e Bos indicus x Bos taurus) com período pós-parto recente (40 a 65 dias). Para maiores detalhes, consulte os artigos originais. Os protocolos hormonais utilizados estão descritos abaixo.

Figura 1. Protocolos hormonais utilizados no experimento I


Portanto, os grupos experimentais foram: 1) IA 48h; 2) IA 48h+GnRH; 3) IA 54h; 4) IA 54h+GnRH. O diagnóstico de gestação foi efetuado por ultrassonografia, 30 dias após a IA. As taxa de concepção por grupo foram as expressadas no gráfico abaixo

Gráfico 1. Taxa de concepção por grupo experimental, experimento I


No experimento I, não houve diferença estatística entre os grupos experimentais.

Experimento II:

“Efeito do momento da inseminação e do tratamento com GnRH na IATF sobre a taxa de concepção de vacas de corte lactatnes sincronizadas com crestar® e benzoato de estradiol” – dispositivo auricular previamente utilizado por 9 dias.

Neste estudo, foram utilizadas 277 vacas lactantes (Bos indicus e Bos indicus x Bos taurus) com período pós-parto entre 40 e 65 dias. Os protocolos hormonais utilizados estão descritos abaixo.

Figura 2. Protocolos hormonais utilizados no experimento II


Assim, os grupos experimentais foram semelhantes aos grupos experimentais do primeiro estudo: 1) IA 48h; 2) IA 48h+GnRH; 3) IA 54h; 4) IA 54h+GnRH; exceto por algumas diferenças nos tratamentos hormonais. Da mesma forma, o diagnóstico de gestação foi efetuado por ultrassonografia, 30 dias após a IA. As taxa de concepção por grupo foram as expressadas no gráfico abaixo

Gráfico 2. Taxa de concepção por grupo experimental, experimento II


Não houve diferença etatística entre os grupos experimentais.

Os resultados destes dois experimentos indicam que não houve efeito da adição do GnRH no momento da IATF, o que diminui os custos do protocolo hormonal. E, mais importante ainda, não houve efeito do momento da IA após a retirada do dispositivo auricular (48h vs 54h), o que possibilita que os animais sejam inseminados durante todo o dia sem perdas na taxa de concepção nas rotinas reprodutivas durante a estação de monta em gado de corte sincronizados com estes tipos de tratamentos hormomais.

Vale lembrar que para atingir ótimas taxas de concepção após o uso de protocolos de sincronização de ovulação alguns pontos são muito importantes: qualidade do sêmen a ser utilizado, estado nutricional e sanitário do rebanho, qualidade dos técnicos e do manejo a ser empregado durante a estação de monta. Além disso, um grande cuidado deve ser tomado para garantir a fertilidade dos touros de repasse.

Referências bibliográficas:

Ayres, H.; Torres-Júnior, J.R.S.; Penteado, L.; Souza, A.H.; Baruselli, P.S. EFEITO DO MOMENTO DA INSEMINAÇÃO E DO TRATAMENTO COM GnRH NA IATF SOBRE A TAXA DE CONCEPÇÃO DE VACAS DE CORTE LACTATNES SINCRONIZADAS COM CRESTAR E VALERATO DE ESTRADIOL. SBTE 2006 (a, b).

26 Comments

  1. Anelize Amorim disse:

    Artigo show de bola! Mandei até para minha professora dar uma olhadinha.

  2. Mauri Antonio Alamini disse:

    Muito se fala em IATF e eu quero saber qual o custo em hormônios na média para cada vaca prenha.

    Resposta do autor:

    Oi Mauri,

    Atualmente o custo médio por protocolo de IATF similares aos que eu apresentei no artigo será de R$ 20,00 por animal. Portanto, se você imaginar que em média a taxa de concepção após o uso deste tipo de protocolo em rebanhos bem manejados é da ordem de 50-55%, o custo por prenhez será da ordem de R$ 40,00.

    Porém, recomendo o uso de protocolos de IATF no início da estação de monta e fazer o repasse com touros (com andrológico em dia e numa proporção correta – lembre-se que as vacas vão retornar em cio mais concentradamente após um sessão de IATF) para se obter maiores porcentagem de animais prenhes dentro de 45 dias de estação de monta (por favor consulte artigos anteriores no BeefPoint).

  3. Alexandre Carvalho Ribeiro disse:

    Caro H. Aires,

    Gostaria de esclarecer algumas dúvidas:

    1) O protocolo I não utiliza prostaglandina nem estrógeno no dia 9?
    2) Porque no protocoloII a progesterona só foi usada por 8 dias?
    3) Poderia utilizar este protocolo, porém utilizando um progestágeno intravaginal, exemplo o CIDR?
    4) Caso positivo, poderia reaproveitá-lo também 2 vezes?
    5) No protocolo II, há alguma diferença significativa em aplicar a prostaglandina e o ECG no dia 8 e o ECP no dia 9? Pergunto isto porque a recomendação do ProtocoloII ajuda muito, pois teremos um manejo a menos.

    Obrigado pela atenção!!!

    Resposta do autor:

    Oi Alexandre Carvalho, quem está te respondendo é o Alexandre Souza (um dos autores do Artigo).

    1) Isso, quando se utiliza o Crestar novo juntamente com o valerato de estradiol no primeiro dia do implante não existe a necessidade de se aplicar PGF no final do protocolo (isso em gado de corte, pois para gado de leite eu recomendo utilizar um tratamento com PGF na retirada). Também, ao que parece, não precisa necessariamente aplicar GnRH na IA em rebanhos bem manejados, porém tenha certeza da boa qualidade do sêmen a ser utilizado.

    2) Pois foi utilizado o benzoato de estradiol no início do protocolo (que é um tipo de éster de estradiol com meia vida menos prolongada se comparado com o valerato e cipionato de estradiol).

    3) Sim.

    4) Sim. Tanto para gado de corte quanto para gado de leite.

    5) A idéia da utilização do ECP no momento da retirada do dispositivo no D8, junto com a PGF e a eCG é exatamente esta. Como o ECP têm uma meia vida longa, você pode aplicá-lo no momento da retirada do dispositivo e economizar um dia de manejo no gado. Porém, seja criterioso na aplicação do ECP, tenha certeza de que cada animal esta recebendo a dosagem correta de ECP.

  4. Alexandre Carvalho Ribeiro disse:

    Caro Alexandre, tenho algumas dúvidas:

    1)Porque no experimento 1 não foi utilizado prostaglandina?

    2)Porque no experimento 2 utilizou-se o progestágeno por 8 dias e não 9?

    3)Gostaria de saber se há alguma diferença em aplicar o estrógeno no dia seguinte a aplicação de prostaglandina e ECG ou aplicá-los todos no D8.

    4) A utilização do método SHANG ajuda na melhora dos índices quando utilizamos os protocolos acima?

    Obrigado pela atenção.

    Resposta do autor:

    Caro Alexandre Ribeiro,

    1) Estrógenos de meia-vida longa (como o Valerato de estradiol por exemplo) induzem a luteólise com boa eficiência (cerca de 90%) se associados aos implantes auriculares de Norgestomet em vacas de corte. Porém, em vacas de leite em lactação, você deve ainda utilizar a PGF no final do protocolo.

    2) Pois naquele experimento foi utilizado o benzoato de estradiol no início do protocolo, que é um estradiol de meia-vida curta e não induz luteólise eficientemente (apenas em cerca de 30% dos animais). Por isso, foi utilizado a PGF no final do protocolo.

    3) O grupo de pesquisa do Prof. Pietro Baruselli (FMVZ-USP) realizou uma série de experimentos sobre este tópico. Simplificadamente, optamos pelo uso do ECP no dia da retirada do dispositivo pois assim podemos economizar um dia de manejo com os animais. Mas você pode, por exemplo, utilizar o benzoato de estradiol 24h após a retirada do implante e inseminar após 30h sem problema.

    Para mais informações procure, por exemplo, pelos artigos do Prof. Pietro publicados nos anais da SBTE (2004-2007).

    4) segundo um experimento feito pelo grupo do Prof. Pietro Baruselli, quando se utiliza o eCG no final do protocolo de IATF não existe a necessidade de se fazer o SHANG (desmame temporário de bezerros, no caso, entre a retirada do implante e a IA).

    Da mesma forma, quando você utiliza o SHANG, em geral, você não precisa aplicar o eCG. Não existe muita vantagem em utilizar os dois juntos, opte por um dos dois métodos (eCG ou SHANG).

  5. William Del Conte Martins disse:

    Caro autor,

    Parabéns pelo artigo.

    Gostaria de saber se eu posso extrapolar este experimento para o uso de implantes intravaginais (Primer, Cidr)?

    Resposta do autor:

    Sim, você pode utilizar todos os tipos de implantes ou dispositivos auriculares. Porém respeite as diferenças fisiológicas entre raças (Indicus vs Taurus). Também, lembre-se que se você utilizar por exemplo o Benzoato de estradiol (estradiol de meia-vida curta) no início do tratamento hormonal você deve utilzar PGF no momento da retirada do dispositivo. E para vacas de leite em lactação, devido ao seu alto metabolismo, utilize aplicação de PGF no final do protocolo mesmo se você usar o Valerato de estradiol no início do protocolo.

  6. Danilo Brito Macedo disse:

    I. Gostaria que fosse reforçada a pergunta já feita, na qual ainda não entendi por que quando se usa o crestar novo juntamente com o valerato de estradiol no primeiro dia do implante, não é necessária a aplicação de PF2α?

    II. Como é feita a lise do corpo lúteo nos animais que apresentem esse na época de retirada do implante?

    III. Com o intuito de diminuir os custos com o protocolo, poderia ser utilizada uma dose menor de eCG, por exemplo 300 UI (em animais bem manejados, com escore de condição corporal ideais, e com boa sanidade dos animais)?

    Resposta do autor:

    Caro Danilo,

    I. Em vacas e novilhas de corte, não é necessário utilizar a PGF no final do protocolo quando se utiliza, por exemplo, implante de Norgestomet (ex: Crestar) novo associado ao Valerato de estradiol. Os mecanismos responsáveis pela luteólise após o tratamento com estradiol estão relacionados à capacidade do estradiol em aumentar a responsividade do endométrio à oxitocina, provavelmente devido ao aumento dos receptores de oxitocina neste tecido.

    Simplificadamente, os ésteres de estradiol de longa ação induzem a luteólise devido ao aumento de receptores de ocitocina no endométrio. Estes receptores serão ativados pela ocitocina endógena (produzida por exemplo no CL). Assim, a PGF2α produzida no endométrio alcança o CL por meio de transporte local pela veia uterina até a artéria ovariana.

    Isto causa uma liberação do PGF pelo útero e causa a luteólise. Você pode obter mais informações sobre este tópico no seguinte artigo: Silvia, W. J.; Lewis, G. S; McCracken, J. A.; Thatcher, W. W.; Wilson Jr., L. Hormonal regulation of uterine secretion of prostaglandin F2α during luteolysis in ruminants. Biol Reprod, v. 45, p. 655-663, 1991.

    II. Cerca de 90% dos CL das vacas de corte tratadas com o Valerato de estradiol e implante de Norgestomet novo não vão estar mais produzindo progesterona no dia 9. Novamente, acho que o artigo citado anteriormente (Silvia et al., 1991) pode lhe dar mais informações.

    III. Segundo a experiência prática a resposta é sim, porém não existem muitos experimentos comparando dose-resposta de eCG na prenhez. Eu gostaria de ver mais publicações sobre este tópico para recomendar uma diminuição na dose.

    Portanto, eu ainda recomendo 400UI para gado de corte. Mas lembre-se que o eCG é vantajoso em animais de baixo escore corporal (não estou dizendo vacas muito magras, para estes animais o melhor tratamento é comida!), e/ou em anestro, e/ou no pós-parto recente (veja um dos meus artigos anteriores neste mesmo website).

  7. William Del Conte Martins disse:

    Caro autor, parabéns pelo artigo.

    Gostaria de perguntar duas coisas.

    1- Ao utilizar um implante vaginal (PRIMER) posso utilizar este protocolo usando o BE, aplicando na retirada e inseminar com 48 horas?

    2- Posso utilizar 300 UI de eCG?

    Grato

    Resposta do autor:

    Caro Willian,

    Seguem as respostas das suas perguntas:

    1- você pode utilizar qualquer tipo de implante auricular ou dispositivo intravaginal neste tipo de protocolo. Porém, existem algumas características de raça e classe animal que devem ser respeitadas. Pois, por exemplo, novilhas zebu têm melhores respostas em termos de taxa de prenhez quando tratadas com dispositivos ou implantes que mantém menores níveis de progesterona na circulação (Você também pode utilizar dispositivos re-utilizados para esta classe animal de modo a atingir menores níveis de P4 no sangue).

    Quanto ao uso de BE, você pode utilizar 2mg de BE no momento da inserção do dispositivo e 1mg 24h após a retirada do implante e IA 30h após. Lembre-se que se você utilizar o BE no início do protocolo você deve utilizar um tratamento com PGF no momento da retirada do implanate, pois o BE (nas doses recomendadas) tem pouca ação no processo de luteólise do CL.

    2- em geral, para bovinos de corte a resposta é sim, apesar de que ainda são necessários mais experimentos para comparar dose de eCG e taxa de prenhez e atividade luteotrófica.

    Um abraço,
    Alexandre Souza

  8. Ataliba Perina Bueno disse:

    Além de ter um custo baixo por animal utilizando esses protocolo, esses animais são contidos apenas três vezes para administração hormonal, possibilitando taxas de concepção melhores.

    Sempre devemos minimizar o estresse, reduzir o tempo de serviço, com o objetivo de alcançar taxas superiores de concepção e gestação.

    I. Poderíamos administrar o hCG dia 8 e passar o ECP para o dia 9 e inseminar 48h após?

    II. Poderíamos mudar o ECP, hCG , D-cloprostenol para o dia 6 e dia 8 o eCG inseminando 48h ou 54h após?

    III. Com essas mudanças poderíamos obter bons resultados?

    Obrigado

    Resposta do autor:

    Oi Ataliba,

    I. alguns detalhes, neste experimento utilizamos o eCG (gonadotrofina coriônica equina) e não o hCG (gonadotrofina coriônica humana). O hCG causa ovulação do folículo dominante, ele têm ação primordialmente de LH, enquanto que o eCG têm, principalmente, ação de FSH.

    Mas você pode dar o eCG no dia 8 sim, porém isto implica em mais um manejo e as taxas de concepção não devem ser diferentes. Utilizamos o ECP no dia da retirada para economizar um dia a mais de manejo com os animais, mas você provavelmente pode aplicar o ECP no dia 9, e o animais devem ovular de maneira sincronizada de 55 a 60h após o ECP.

    II. Ataliba, novamente não utilizamos o hCG no dia 8 (isto faria os animais ovularem muito antecipadamente). Não recomendamos diminuir para 6 dias pois você estaria retirando o dispositivo de progesterona muito cedo, principalmente para os animais que tiveram uma emergência folicular após o dia 3-4.

    III. Na verdade conhecemos muito bem a dinâmica folicular dos protocolos que foram mostrados no experimento. Existem algumas modificações que podem ser feitas. Porém, todas outras mudanças dentro de protocolos hormonais (similares a este ou outros) devem ser baseadas em resultados de dinâmica folicular, coletas de sangue e taxas de concepção com pelo menos 150 animais por grupo em experimentos randomizados para podermos confiar nos dados.

    Um abraço,
    Alexandre Souza

  9. Ewerton disse:

    Parabéns pelo artigo.

  10. Marcos Jose Jesus de Queiroz disse:

    Parabéns pelo artigo. Gostaria de saber se pode ser entendido 1 mL de ECP onde se lê 1 mg de ECP?

    Desde já agradeço.

    Resposta do autor:

    Caro Marcos,

    A concentração do ECP (cipionato de estradiol) é de 2mg por mL.

    Portanto, 1mg de ECP = 0.5 mL da solução de ECP.

  11. Guilherme Treméa disse:

    Gostaria de saber porque nos protocolos mais recentes tem-se utilizado o ECP ao invés do BE?

    Obrigado!

    Resposta do autor:

    Caro Guilherme,

    Sua observação é muito importante e está relacionada com a maior facilidade de manejo da sequência de injeções ao se utilizar o ECP em substituição ao EB.

    De forma resumida, o tempo entre a aplicação de
    ECP até o pico de LH é de cerca de 30h e é maior se comparado ao EB (~15h). Isso permite um manejo a menos no final do protocolo, o que facilita em muito a rotina reprodutiva em gado de corte.

    Mais informações sobre a meia vida destes dois tipos de estradiol podem ser encontradas no seguinte artigo: Profiles of circulating estradiol after different estrogen treatments in lactating dairy cows. SOUZA, A.H.; CUNHA, A. P.; CARAVIELLO, D. Z.; WILTBANK, M. C. 2006. Animal Reproduction, v. 2, p. 224-232. Assim como em outros artigos relacionados a este tópico.

    um abraço,
    Alexandre Souza

  12. sérgio lima disse:

    Crestar novo e crestar usado usados com BE no D0 e no D8 ECP dão diferença na taxa de prenhez de novilhas nelore ciclando?

    Resposta do autor:
    Prezado Sérgio Lima,

    A maioria dos trabalhos indicam que a taxa de concepção em novilhas Nelore tratadas com BE no D0 e Crestar novo ou usado é semelhante.

    Existem muitos trabalhos como este publicados nos anais da SBTE de 2005 a 2007.

  13. luis domingos silva moreno disse:

    Existe alguma recomendação especial quando se pretende introduzir fêmeas meio sangue (novilhas) em protocolo de IATF?

  14. Henderson Ayres disse:

    Caro luis domingos silva moreno

    Toda vez que você for iniciar um programa reprodutivo com novilhas é imprescindível realizar a palpação de todos animais para separar e iniciar o protocolo apenas nos animais que possuem corpo lúteo.

  15. ARIEL OLIVEIRA disse:

    Gostaria de saber qual a vantagem ou desvantagem na remoção de bezerros por 48 hr, e qual a implicação deste método. Não vai causar uma série de problemas, no manejo, na perda de peso e desenvolvimento dos bezerros (diarréia), etc.

    Com o uso do ECP não seria mas vantajoso? Menos problemas e maior resultado?

  16. Ataliba Perina Bueno disse:

    O uso do GnRH no momento da IATF, vem dando bons resultados nas taxas de prenhez.
    Se administrar o hCG no 7º ou 12º após a IATF, podemos obter bons resultados ?
    Obrigado.

  17. Henderson Ayres disse:

    Prezado Ataliba Perina Bueno

    Existem trabalhos na literatura demostrando o efeito positivo do uso de hCG no dia 7 após a IATF.

  18. Eduardo Calderon Rivero disse:

    Parabens pelo artigo, so uma consulta com este novo protocolo, qual e o maximo de vacas que voce pode sincronizar por dia para ter um bom resultado e maior concepcao?

    Obrigado.

  19. Henderson Ayres disse:

    Prezado Eduardo Calderon Rivero, não existe uma resposta fixa para a sua pergunta.

    Cada propriedade possui uma capacidade de realização de “x” números de animais por dia e será esta capacidade que poderá ser utilizada. Portanto, é necessário realizar uma avaliação criteriosa de cada caso.

  20. Douglas Cavalheiro Pfau disse:

    Olá, muito bom este estudo…
    Gostaria de saber se consigo realizar o mesmo experimento I, utilizando qtas vezes os implantes (crestar e ou Cider) e mantendo o mesmo protocologo….ou só ira ser valido pro primeiro uso..?

  21. Elpiio Aires Vasconcelos disse:

    e com o CIDR tem alguma experiencia?

  22. Henderson Ayres disse:

    Prezado Douglas Cavalheiro Pfau
    cada dispositvo/implante possue quantidades diferentes de reutilização.

  23. Irezê Moraes Ferreira disse:

    Primeiramente gostaria de parabeniza-los pelo trabalho.
    sabemos que a tendência de usarmos ECP nos protocolos está se dissiminando, em virtude do mesmo facilitar o manejo com 3 passagens.
    No entanto gostaria de saber se resolver usar o be tanto no implante como na retirada do implante no d8 – 2 ml e depois 1 ml e lógicamente usar pgf, qual seria o protocolo para com o be se fazer sómente 3 manejos do rebanho.
    poderiamos atrasar a retirada e inseminar + cedo.
    gostaria de receber o protocolo se for possível.
    desde já agradeço o atendimento dispensado por vcs.

  24. Henderson Ayres disse:

    Prezado Irezê Moraes Ferreira,

    segue abaixo a referência de um trabalho que viu especificamente a sua dúvida.
    Abraços.

    Animal Reproduction Science 109 (2008) 77-87
    Effect of timing of estradiol benzoate administration upon synchronization of ovulation in suckling Nelore cows (Bos indicus) treated with a progesterone-releasing intravaginal device.
    H. Ayres, C.M. Martins, R.M. Ferreira, J.E. Mello, J.H. Domingueza, A.H. Souza, R. Valentin, I.C.C. Santos, P.S. Baruselli

  25. Irezê Moraes Ferreira disse:

    Desde já agradeço pela informação.
    gostaria de saber aonde poderei procurar pelo assunto mencionado
    alguma revista. site ???

  26. Henderson Ayres disse:

    Prezado Diogo Naves,
    saber que protocolo você esta utilizando para sincronizar os animais, pois sem este fica dificil eu lhe informar qual pode ser o melhor procedimento (custo/beneficio).

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