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Proteínas registram lucro sólido e excelentes previsões de crescimento

Todas as principais proteínas estão vendo lucros sólidos e excelente previsão de crescimento, devendo continuar a se beneficiar de economias de apoio – contato que o clima coopere e os custos dos insumos permaneçam baixos, disseram três economistas que participaram da Annual Meat Conference.

Paul Aho, gerente da Poultry Perspective, Randy Blach, CEO da CattleFax, e Steve Meyer, vice-presidente para suínos da EMI Analytics, falaram com detalhes sobre centenas de detalhes do mercado de suas respectivas proteínas. Alguns temas comuns emergiram:

Preços das commodities estão baixos

Não somente milho e soja, mas outras importantes alavancas econômicas, como petróleo, estão mais baixos agora do que estiveram em anos e deverão permanecer assim. Se esse for mesmo o caso, as proteínas animais se beneficiam de duas formas: o custo de produção dos animais é baixo e a população consumidora em geral tem mais renda disponível que não estão usando para colocar gasolina em seus carros.

“Nós finalmente chegamos a um ponto com o etanol onde esse não está usando uma quantidade crescente de milho de nossa oferta”, disse Aho. “O etanol está usando cerca de 25% de nossa colheita, quando se ajusta para DDGs (grãos secos por destilação, da sigla em inglês) e isso está bom”, à medida que o preço e a oferta continuam estáveis.

Os produtores de bovinos dos Estados Unidos se beneficial também de um fortalecimento do dólar nos mercados internacionais monetários, o que significa que os custos do farelo de soja e milho produzidos nos Estados Unidos, por exemplo, é mais caro para produtores de outros países enquanto continuam historicamente baratos domesticamente.

Porém, quaisquer fatores que possam prejudicar o frágil equilíbrio que foi alcançado nos mercados de grãos para alimentação animal – qualquer mudança no clima que resulte em colheita menor – levaria o mercado de proteínas a cambalear e em um dado ano, há uma chance de 76% de seca, disse Aho. O mercado de combustível é controlado pelo governo federal para usar certa quantidade de etanol em seus combustíveis independentemente do preço; os outros usuários do milho e de seus subprodutos, como os pecuaristas, precisam ajustar seu consumo.

“Os pecuaristas não funcionam com milho a US$ 7, US$ 8”, disse Blach. Um fator mitigador é a quantidade de milho e soja sendo produzida fora dos Estados Unidos, particularmente na América do Sul. “Como usuários, gostamos da competição no mercado de milho. No farelo de soja é a mesma situação”, disse Aho.

Aho espera que o preço médio do milho e do farelo de soja comece a aumentar novamente em 2017 e 2018, apesar de Blach e Meyer acharem que, se não houver um choque na oferta, os preços permanecerão baixos por mais tempo.

Tudo é maior

Todas as espécies estão vendo aumentos no tamanho dos animais direcionados pela biogenética, com os frangos encaminhando-se em direção a aves com 5,44 quilos, os bovinos sendo abatidos a pesos de 374 quilos – 9 quilos a mais somente em 2015 – e maiores suínos a caminho.

“Do ponto de vista do peso, sei que todos vocês querem um ribeye menor”, disse Blach. “Não estamos nos encaminhando para isso. Os animais estão ficando ainda maiores a economia está pedindo por isso”.

Os números líquidos de produção para carne bovina serão de cerca de 317,51 milhões de quilos em 2016, e aumento para mais de 450 milhões de quilos em 2017 e 2018, disse Blach.

Biossegurança está melhor

Medidas mais rígidas de biossegurança em fazendas de suínos não somente ajudaram a controlar o vírus da diarreia epidêmica suína (PEDv), mas também, reduziram a prevalência do vírus da Síndrome Respiratória e Reprodutiva Suína (PRRS), disse Meyer.

O retorno da gripe aviária altamente patogênica recentemente em partes de Indiana, por sua vez, foi controlada rapidamente com o mínimo de prejuízo ao mercado ou à economia local, disse Meyer.

No geral, o consumo per capita de carnes vermelhas e de aves nos Estados Unidos aumentou em 4,26 quilos somente em 2015, e deverá aumentar em 0,41 quilos em 2016, 1,32 quilos em 2017 e 1,18 quilos em 2018, calculou Blach. Os aumentos nos últimos anos trouxeram o consumo per capita aos níveis parecidos com os de antes de 2008, antes da recessão nos níveis de consumo, apesar de os totais ainda não estarem em seus níveis históricos.

Fonte: MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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