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Projetos levam conexão ao campo

O agronegócio tornou-se o centro das atenções dos projetos relacionados à internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). Grandes empresas vêm formulando parcerias com o objetivo de levar conectividade ao campo, desenvolver aplicações e automatizar a coleta de dados gerados em tempo real para sustentar a tomada de decisões.

Desse movimento participam as operadoras de telefonia celular, que vislumbram no atendimento da demanda do agronegócio a oportunidade de estender a cobertura da rede 4G para regiões sem grande densidade populacional, fabricantes de equipamentos de telecomunicações e provedores de soluções baseadas em IoT.

A TIM firmou dois contratos para levar o sinal 4G à área de produção de dois gigantes do setor, como parte do projeto TIM no Campo: a Jalles Machado, do ramo sucroalcooleiro, em Goianésia (GO), e a SLC Agrícola, cuja Fazenda Panorama, em Correntina (BA), produz soja e algodão.

Os projetos contemplam o fornecimento de dispositivos móveis e a montagem da infraestrutura de rede que permitem substituir apontamentos manuais por apontamentos on-line, gerar informações em tempo real a partir de diferentes sensores e máquinas agrícolas e melhorar a comunicação entre a área de produção e o escritório.

O projeto TIM no Campo surgiu para suprir a necessidade de um setor que sustenta o país, diz Paulo Humberto Gouvêia, diretor de grandes contas corporativas da TIM. “O agronegócio está ganhando cada vez mais eficiência, mas precisa de conectividade”, diz ele.

Um dos fatores que têm contribuído para estimular o desenvolvimento de soluções de IoT para o agronegócio é a indisponibilidade de informações em tempo real para tomar decisões. “Tudo no setor é feito de forma empírica, com base na experiência das pessoas que trabalham no ramo”, diz Rafaela Manciolha, líder de transformação digital da Logicalis.

O desafio é fazer com que todas as ações sejam amparadas na análise de dados confiáveis. Por isso, a Logicalis e a AgroToos desenvolveram uma nova plataforma de coleta e tratamento de informações oriundas de diversas fontes da agroindústria.

Um exemplo de aplicação, segundo Rafaela, é a melhoria da previsão meteorológica, para mitigar os riscos à produção decorrentes do excesso de chuva, estiagem, seca e geada. “Grande parte da sinistralidade de seguros em grãos no Brasil acontece por causa de eventos climáticos”, diz.

Comercializada no mercado na modalidade de serviço, a nova plataforma é utilizada por uma cooperativa (para gestão, manejo e predição de território) e por uma seguradora (para redução de sinistros). A partir do próximo ano entrará em operação comercial o programa Conectividade Rural, fruto de um acordo entre a John Deere e a Trópico. O objetivo é instalar torres de transmissão do sinal 4G, com frequência de 250 MHz, em áreas rurais que não têm sinal de celular.

Trata-se de uma licença privada, explica Rois Nogueira, gerente de soluções integradas da John Deere. Além de equipamentos e infraestrutura de conexão, a oferta inclui um pacote de softwares para gerenciamento de rede, soluções de telemetria, sistemas de gestão de frotas, software de gestão de dados agronômicos e aplicações para dispositivos móveis e plataforma web.

A John Deere aposta no incremento das vendas de máquinas e implementos agrícolas com a implementação do programa Conectividade Rural. “Essa oferta fará com que a experiência dos clientes com as nossas soluções sejam mais positivas”, afirma Nogueira.

Fonte: Valor Econômico.

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