Startup propõe usar ‘digital’ do gado para rastreamento
9 de julho de 2021
RS terá laboratório com biossegurança ampliada
9 de julho de 2021

Programa Sentinela da SEAPDR comemora um ano com a fiscalização de 30 mil bovinos e quase 3 mil ações de educação sanitária

O Programa Sentinela completa hoje um ano de atividades na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai e a Argentina,  garantindo a segurança sanitária do rebanho gaúcho, zona livre de aftosa sem vacinação. Nestes doze meses, as equipes do programa percorreram mais de 54 mil quilômetros e fiscalizaram 29.530 bovinos, além de 5.730 ovinos e 1.230 equinos. Além de outras ações:

  • 2.852 ações de educação sanitária
  • 1.180 veículos fiscalizados
  • 308 barreiras realizadas
  • 371 autuações emitidas
  • 232 propriedades fiscalizadas
  • 398 abates sanitários

As multas somaram R$ 2 milhões e o prejuízo estimado aos infratores é de R$ 3 milhões e 200 mil reais, calculado com base no valor das multas e dos animais abatidos. 

“Os resultados do Programa Sentinela em apenas um ano de atuação mostram que o trabalho dos nossos servidores nas fronteiras com Argentina e Uruguai tem sido fundamental para evitarmos a entrada de riscos sanitários no nosso Estado. Cumprimentamos todos os servidores envolvidos. O Sentinela se tornou modelo para o país e nos ajudará a manter nossa certificação internacional de Estado livre de febre aftosa sem vacinação”, afirma a secretária Silvana Covatti. 

O programa iniciou no dia 08/07/2020 e durante este período, o teor das ações foi mudando.

“Nesse um ano de atividade, nós percebemos uma evolução nos achados e na forma de atuação do Sentinela. As frentes mais trabalhadas no Programa foram a fiscalização da criação irregular de animais na faixa de domínio, muito presente na fronteira com o Uruguai, e que teve uma redução drástica, e a movimentação irregular de animais, que também registrou uma diminuição. Além disso, tem ainda o contrabando de cargas vivas e de produtos de origem animal, registrado na fronteira com a Argentina, que continuamos investigando através de uma ação integrada das áreas de segurança”, afirma o coordenador do Programa Sentinela, Francisco Lopes.

O trabalho de inteligência, com a utilização de ferramentas como a análise de rede de movimentação animal, realizado em parceria com a Universidade Estadual da Carolina do Norte e patrocinado pelo Fundesa, permite que se possa apresentar um trabalho de fiscalização que otimiza os recursos e presta um serviço de defesa sanitária animal eficiente, através da escolha de propriedades chaves e rotas preferenciais.

“Agora, com o reconhecimento de zona livre de aftosa sem vacinação, esse programa se reveste de uma condição que diferencia o estado do Rio Grande do Sul, trazendo a segurança que todos os setores da produção esperam e precisam. O Sentinela está fazendo um papel extraordinário. Parabéns ao Serviço Veterinário Oficial que está capitaneando este processo, com um programa muito bem planejado, muito bem estruturado e que só traz orgulho ao Fundesa como entidade apoiadora”, exalta Rogério Kerber, Presidente do Fundesa (Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal.

Para a Superintendente do Mapa/RS, Helena Rugeri, “o Programa Sentinela foi um grande avanço na melhoria da estrutura do serviço de Defesa Agropecuária do RS, realizando ações nas áreas agrícolas e pecuária, mas principalmente na maior proteção do rebanho gaúcho”.

A parceria com as forças de segurança é fundamental para o bom andamento do Programa.

“As operações integradas como a do Sentinela são de grande importância, pois a atuação conjunta dos órgãos de fiscalização e controle tornam o trabalho mais pontual e técnico”, destaca a Major Vanessa Peripolli, Subcomandante do 4º BPAF (Batalhão de Polícia de Área de Fronteira). 

De acordo com o tenente coronel da Brigada Militar Cezar Augusto Chaves, coordenador das operações, a Brigada Militar esteve desde o início engajada no Programa Sentinela e pode se considerar que a missão foi um sucesso. Segundo ele, “a parceria entre a Secretaria de Segurança e a Secretaria de Agricultura fez o trabalho crescer exponencialmente e esperamos continuar com esta parceria”.

O delegado Regional Executivo da Polícia Federal, Alessandro Maciel Lopes, destaca que “a Secretaria de Agricultura, por meio do programa Sentinela, exerce eficiente trabalho na fiscalização de ilícitos agropecuários, notadamente na prevenção da aftosa”. Segundo ele, “a proximidade entre os órgãos e a troca de informações é essencial para que as instituições realizem de maneira efetiva a atividade de controle, prevenção e repressão de crimes. Assim, a integração resulta em importante ação protetiva a ilícitos transfronteiriços”.

Novo status, novo momento

Desde que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) oficializou o Rio Grande do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação em 27/05/2021, o papel do Programa Sentinela se tornou ainda mais relevante. 

“O Sentinela entrou como uma importante ferramenta para a substituição da vacinação de febre aftosa, atacou fortemente as áreas de maior risco de introdução do vírus no Estado, conforme apontado pelo estudo de análise de risco elaborado pelo Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). E também apontado pelo estudo de Análise de Rede de Movimentação Animal realizado em parceria com a Universidade Estadual da Carolina do Norte (EUA), projeto patrocinado pelo FUNDESA”, afirma Francisco Lopes, coordenador do Programa Sentinela da Secretaria da Agricultura.

Lopes prevê que para o próximo ano, o programa vai focar ainda mais nas atividades prévias de análise de dados e inteligência em parceria com os outros órgãos integrantes do Sentinela.

Fonte: Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do RS.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress