Produtores britânicos afetados pela aftosa continuarão na atividade

As previsões feitas pelos representantes dos agricultores, além de inúmeros artigos publicados na imprensa britânica, anunciavam uma saída em massa da atividade por parte dos pecuaristas do Reino Unido, que sofreram perdas no ano passado em decorrência da febre aftosa. A enfermidade provocou perdas elevadas, que chegaram ao valor de US$ 2,28 bilhões. No entanto, uma pesquisa recente feita pela Universidade de Newcastle, Inglaterra, mostrou um panorama totalmente diferente.

A pesquisa foi realizada entre os pecuaristas de Cumbria, região da Inglaterra mais afetada pela aftosa, onde ocorreram 44% dos 2030 casos confirmados em todo o Reino Unido, e onde foi realizado um terço dos sacrifícios. A pesquisa mostrou que, dos 67 produtores entrevistados, somente 1 tem a intenção de deixar a atividade. Inclusive, a pesquisa mostrou que 7% deles têm a intenção de ampliar a criação e 13% têm a intenção de diversificar a atividade através da implementação do turismo rural. Em geral, os entrevistados estão pretendendo continuar com a mesma atividade, mostrando pouco interesse em outros cultivos.

Para os pesquisadores que realizaram este estudo, esses resultados são uma mostra clara da resistência dos pecuaristas. Nos últimos anos, o rendimento já vinha reduzindo-se, mas a febre aftosa provocou uma queda vertiginosa no mesmo. Estima-se que, no ano passado, em uma propriedade média afetada pela aftosa, a perda foi de US$ 73,61 mil, enquanto que aqueles que não apresentaram casos de aftosa, tiveram prejuízos de US$ 18,4 mil.

Fonte: Agrodigital.com, adaptado por Equipe BeefPoint