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Produção de grãos cresceu cinco vezes mais que a área plantada nos últimos 30 anos

A produção de grãos do Brasil cresceu mais de 300% entre 1997 e 2020, enquanto a área plantada avançou cerca de 60% apenas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

Para que isso fosse possível, a produtividade mais do que dobrou nesse período, o que demonstra o crescimento sustentável do agronegócio brasileiro. De lá para cá, o país deixou de ser importador de alimentos e se tornou um dos principais exportadores.

O produtor de soja Eliseu Schaedler sentiu esse ganho de produtividade na prática em suas lavouras, no Rio Grande do Sul. No fim da década de 1990, ele colhia em média 43 sacas por hectare e, hoje, colhe 100 sacas em área irrigada. Ele diz que isso foi possível graças à tecnologia e a técnicas de manejo. “As janelas de plantio e escolhas de semente/variedade são coisas muito importantes, mas o manejo traz um monte de benefício”, afirma.

Schaedler destaca a importância dos cuidados em relação ao meio ambiente no contexto de aumento da produção. “Se a gente não cuidar do meio ambiente, daqui um tempo, não teremos onde trabalhar. O mundo vem crescendo, então temos que produzir mais alimentos. Temos que crescer de maneira vertical. Área que estava produzindo 45 sacas por hectare em 1997, hoje produziu mais de 100. Se trabalharmos direitinho, podemos chegar a 130 sacas”, enfatiza.

Rentabilidade

O pesquisador Afonso Peche considera que a rentabilidade pode ser ainda mais importante do que a produtividade e afirma que o produtor de grãos tem se atentado a isso. “Por exemplo, se eu produzir 220 sacas de milho com um custo de 180 sacas, sobra 40 sacas. Tem lugares que produzem 100 sacas de milho com custo de 40 sacas, sobrando 60 sacas. Então, começa a ter esse entendimento de que a renda é muito mais importante do que a produtividade”, pontua.

Peche destaca os avanços da pecuária em genética, mas avalia que o setor ainda deixa a desejar no manejo de pastagem e indica a integração com a agricultura como forma de melhorar a produtividade. “Os pecuaristas aceitam degradar o pasto para depois reformar. Quando faz a integração lavoura-pecuária, some com isso. Abrimos áreas para plantar grãos, e esse plantio potencializa a pecuária”, conclui.

Fonte: Canal Rural.

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