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Produção agroindustrial se afasta do fundo do poço, indica FGVAgro

Depois de registrar variações negativas de dois dígitos em abril e em maio, o Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) encerrou junho com baixa de “apenas” 2,3% em relação ao mesmo mês de 2019, num sinal mais claro de que, para o setor, o pior da pandemia ficou para trás.

Além da retração interanual ter perdido força, mostram cálculos recém-concluídos, o indicador subiu 1,9% em relação a maio, já considerando os ajustes sazonais. Mas, mesmo assim, no primeiro semestre o recuo acumulado na comparação com igual intervalo do ano passado chegou a 6,1%.

O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.

Com a desaceleração da tendência de queda, o FGV Agro passou a projetar uma redução menos aguda da produção agroindustrial brasileira para 2020 como um todo. Segundo o centro, a contração será de 4,2%, derivada de uma grande “perda de dinamismo” na área de produtos não-alimentícios, para a qual é esperada redução de 9,7%. Para produtos alimentícios e bebidos, é esperado um avanço de 1%.

“Embora a contratação de junho [em relação a maio de 2019] tenha sido expressiva, foi menor do que a verificada no mês anterior (16,8%), o que sugere que o mês de abril concentrou os mais duros efeitos da pandemia sobre a agroindústria brasileira”, diz análise do FGV Agro.

“Por trás da contratação da agroindústria, há a perspectiva de contratação do PIB, depreciação do real [ante a média de 2019], deterioração das expectativas do empresário industrial, forte expansão das exportações de produtos alimentícios e bebidas e uma intensão diminuição das importações de produtos não-alimentícios”, diz o centro.

Segundo o levantamento, o recuo de junho ante o mesmo mês de 2019 foi determinado por uma baixa de 13,6% no segmento de produtos não alimentícios, com destaque para novos tombos na produção de têxteis (39,6%), o mais afetado até agora, borracha (29,6%) e biocombustíveis (15,5%) Na área na área de alimentos e bebidas a variação foi positiva (8%), movida por avanços nas duas frentes – 8% e 7,8%, respectivamente.

Segundo o FGV Agro, o avanço do índice em relação a maio foi influenciada pelo relaxamento das restrições de pessoas nos grandes centros do país, pelo aumento da demanda por alimentos e bebidas devido às transferências do auxílio emergencial do governo e pela expansão das exportações do agronegócio.

Fonte: Valor Econômico.

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