Com técnica e sabor, mulheres começam a roubar a cena em Churrascadas
14 de junho de 2018
Cepea: Escala alongada e dificuldade de venda de carne pressionam cotações da arroba
14 de junho de 2018

Pressão derruba diretor de inspeção do Ministério da Agricultura

Sob pressão dos frigoríficos, a cúpula do Ministério da Agricultura decidiu demitir o fiscal José Luís Vargas do cargo de diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), área responsável pela fiscalização federal de carnes, laticínios, fábricas de mel, ovos e pescados.

A exoneração de Vargas, que ficou pouco mais de três anos na função, foi publicada na edição de hoje do “Diário Oficial da União”. Como é fiscal de carreira, Vargas continuará atuando na Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério. Ele foi comunicado da dispensa no fim de semana, e na última segunda-feira avisou sua equipe que estava de saída. Para o seu lugar, já foi escolhido o também fiscal agropecuário Alexandre Pontes, que estava ocupando o posto de secretário-adjunto de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura.

Vargas vinha sendo alvo de uma grande pressão das empresas do segmento de carnes nos últimos meses, que não raro se queixavam ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi sobre sua postura “inflexível” e pouco eficiente no enfrentamento de diversas crises desde a Operação Carne Fraca, em março de 2017. Dirigentes sindicais e empresários também reclamaram que as respostas do Dipoa às irregularidades que vieram à tona com a operação estavam sendo adotadas numa velocidade abaixo do esperado.

A ação da Polícia Federal revelou um esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários e funcionários de frigoríficos, e abalou a confiança de importadores de carnes do Brasil. Como efeito, veio o fechamento de mercados como o da Rússia, que até hoje está sem comprar carne suína do Brasil, e o da União Europeia, que em abril embargou 20 plantas de carne de frango.

Procurado, Vargas confirmou sua saída da função, mas não quis comentar as motivações do ministério para exonerá-lo.

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress